A Jovem Pan e Record terão também de publicar uma retratação em todas as plataformas nas quais a imagem foi publicada, inclusive nas redes sociais
Rogério Gentile, em seu blog
A Justiça paulista mandou a Jovem Pan e a Record retirarem do ar a imagem de um estudante que foi identificado erroneamente como sendo o autor dos ataques à escola Thomazia Montoro, em São Paulo, no dia 27 de março.
As emissoras terão também de publicar uma retratação em todas as plataformas nas quais a imagem foi publicada, inclusive nas redes sociais.
Horas depois do ataque, no qual um aluno de 13 anos matou a professora Elisabete Tenreiro a facadas e feriu outras quatro pessoas, os pais de um estudante do colégio se dirigiram à delegacia com o filho. Eles queriam informar às autoridades que o garoto, uma semana antes, havia sido agredido pelo mesmo adolescente infrator.
De acordo com o processo, ao chegarem à delegacia, os pais cobriram o rosto do filho com receio de que sua imagem fosse divulgada pelos veículos de imprensa que estavam no local. Os pais disseram que alertaram os jornalistas de que o garoto era uma vítima, e não o autor dos fatos.
Mesmo assim, fotos da família foram feitas por jornalistas e divulgadas pela Jovem Pan e pela Record. O site da Jovem Pan publicou uma legenda, sempre de acordo com o processo, que dizia: “Chegada do jovem infrator responsável pelo ataque que resultou na morte de uma professora no 34º DP da Polícia Civil”.
Os pais do garoto disseram à Justiça que, desde então, têm sido alvo de ofensas e que temem sofrer agressões em razão da notícia falsa veiculada.
A Justiça determinou à Jovem Pan e à Record que a retratação seja feita com a mesma publicidade que foi dada à notícia, sob pena de multa de R$ 5 mil por dia de descumprimento.
Ordenou também que as emissoras, assim como o grupo Estado, informem a todos que compraram ou vierem a comprar a fotografia, que a imagem não é o retrato do responsável pelos ataques e seus familiares.
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