Tracey Nix com um dos netos
Filhos de mulher morrem, e ela pede a prisão da própria mãe. Crianças estavam sob os cuidados da avó quando perderam a vida. Uma delas, de 1 ano e 4 meses, morreu afogada. A outra, de 7 meses, faleceu após ser esquecida no carro
Uma moradora da Flórida (EUA) está pedindo a prisão de sua própria mãe após a morte de seus dois filhos. Tracey Nix, de 65 anos, é acusada de homicídio culposo, em um caso de afogamento e outro de criança esquecida no carro, que resultou na morte de Ezra, de 16 meses, e Uriel, de 7 meses, respectivamente.
Em dezembro de 2021, Ezra se afogou em um lago perto da residência de Tracey, enquanto estava sob os cuidados dela. A polícia investigou o caso como negligência infantil, mas não apresentou acusações por falta de provas.
“Ezra estava com o pai. Só que ele precisou se ausentar por uma hora e deixou o bebê com a sogra Tracey, uma diretora de escola aposentada. A avó, segundo os registros oficiais, teria adormecido e a criança, então, destravou uma porta, saiu da residência e caminhou até um pequeno lago próximo da casa, onde se afogou”, conta o xerife local.
Cerca de 11 meses depois, a tragédia se repetiu, quando Uriel foi esquecida por Tracey dentro de um carro estacionado em frente à casa da família, em um dia de sol forte em que a temperatura chegou a 32 graus. A bebê foi encontrada morta no banco traseiro do veículo enquanto a avó tocava piano dentro da residência.
Os pais das crianças não afastaram Tracey do convívio com os filhos, mesmo após o acidente com Ezra, pois não imaginaram que uma segunda tragédia pudesse ocorrer. Agora, Kaila Nix pede a prisão da avó das crianças (sua própria mãe) e a responsabiliza pela morte de seus filhos.
O advogado de Tracey, William Fletcher, alega que a morte de Uriel foi um acidente e que a avó está “totalmente devastada”. No entanto, após a segunda morte, o Ministério Público aceitou uma denúncia contra Tracey Nix por homicídio qualificado.
Kaila Nix, em entrevista à imprensa local, disse que seus sentimentos são confusos, já que se trata de sua mãe, mas que ela precisa pensar que as vítimas foram seus filhos e que numa situação assim tem que haver justiça. “Se eu for objetiva, ela precisa ir para a prisão… Como sua filha, me mata dizer isso. Como mãe deles, eu exijo isso. Vou lutar por eles”, afirmou a mãe das crianças mortas.