Líder de extrema-direita protestou contra a expulsão: "Mesmo sem perturbar ninguém, fomos atacados pelas pessoas e pela polícia, que ficaram terrivelmente incomodadas por estarmos comemorando esse dia sagrado. Tivemos que comer o bolo para Hitler às pressas"
Cerca de 20 simpatizantes de Adolf Hitler (1989-1945) foram expulsos de um restaurante no Westfield Knox Shopping Center, em Melbourne, na Austrália, na quinta-feira (20). Os homens comemoravam o aniversário do ditador alemão.
De acordo com o jornal Daily Star, os neonazistas se reuniram em uma unidade do restaurante de comida alemã “The Bavarian”. O pelotão teria sido visto realizando saudações nazistas semelhante as realizadas entre as décadas de 1930 e 1940 na Alemanha. A cena aconteceu no mesmo dia do 134º aniversário de Hitler.
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Imagens mostram os homens, incluindo o líder de extrema-direita Thomas Sewell, carregando um retrato de Hitler e dois balões com as letras HH, usado por nazistas para a expressão “Heil Hitler” (Salve Hitler, na tradução).
Uma mensagem vazada do aplicativo Telegram mostrou Thomas Sewell dizendo que o grupo, apesar da “noite ótima e agitada”, foi convidado a se retirar do shopping. “Mesmo sem infringir nenhuma lei e não perturbar ninguém, fomos atacados pela polícia, que ficaram terrivelmente incomodados por estarmos comemorando este dia sagrado. Fomos forçados a comer o bolo para Hitler às pressas”.
A expulsão do grupo foi confirmada pela polícia. “Um grupo de pessoas fez uma saudação nazista no local e foi forçado a sair por volta das 20h45”, disse um porta-voz da polícia de Victoria. “Os agentes conduziram o grupo para fora do estabelecimento.”
Em entrevista ao jornal local NCA NewsWire, Dvir Abramovich, presidente da Comissão Anti-Difamação, classificou o ato nazista como “um mal singular”.
“Algo está muito errado em Victoria, e todos nós devemos ficar alarmados com essa indignação descarada e de revirar o estômago que será para sempre uma mancha em nosso estado”, disse.
“Imagine o horror terrível que um sobrevivente do Holocausto sentiria se testemunhasse essa expressão pública de um mal singular que provavelmente nunca pensou que veria em sua vida”.
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