Saúde

Relato de jovem que teve AVC aos 23 anos viraliza: “Pensava que só dava em mais velhos”

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Jovem de 23 anos contou sobre o ocorrido e fez um alerta para que as pessoas procurem um hospital assim que começarem os sintomas

Bruna Aguiar Machado

Marcela Schiavon, VivaBem

Bruna Aguiar Machado, de 23 anos, relatou ter sofrido um AVC (acidente vascular cerebral). Em uma sequência de vídeos publicados em seu perfil de uma rede social, a jovem contou sobre o ocorrido e fez um alerta para que as pessoas procurem um hospital assim que começarem os sintomas.

Ela contou que no dia 12 de novembro de 2022, enquanto realizava um treino na academia, começou a passar mal, sentindo tontura forte. “Eu normalmente sinto tontura, porque tenho pressão baixa e tenho problema no labirinto. Normalmente quando sento, ela passa, mas dessa vez não passou”. Bruna começou a perder os sentidos e ficou em pânico. Ela foi até o banheiro porque começou a ter enjoo e se deitou no chão até se sentir bem.

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No fim da tarde, ela começou a passar mal de novo. “Me deu tontura, visão toda branca com umas bolinhas, fiquei uma hora assim até voltar a me sentir bem. Depois fui até a casa de uma amiga, como se nada tivesse acontecendo e lá comecei a sentir uma forte dor nas costas”, disse. O incômodo irradiou até o braço e o pescoço. “O braço formigava muito, subia para a cabeça e formigava o pescoço e a cabeça.”

Bruna foi até o pronto-socorro, mas não foi diagnosticada com nada, que poderia ser dor muscular. Durante dois dias ela sentiu dor no pescoço e de cabeça. “Fiquei tomando analgésico, mas na madrugada de segunda para terça meu braço queimava, meu olho começou a doer e não conseguia mais engolir. Achei que ia morrer engasgada”.

A jovem contou que ficou cuspindo em um saquinho porque não conseguia engolir mais. O rosto inchou e seu olho ficou um pouco caído. Ela voltou ao pronto-socorro à noite. A suspeita, dessa vez, era esclerose múltipla e ela foi internada. Ao fazer os exames, diagnosticou-se um AVC.

“Para mim, AVC era uma coisa que só dava em pessoas mais velhas e era algo com que você morre [sic], muito grave. Quando falou ‘você teve um AVC’, eu entendi que eu morri. Foi um susto muito grande.”

“Foram seis dias de UTI, mais um e meio no quarto, mas agora já está tudo bem. Tenho que tomar muito cuidado, ficar um mês de repouso”, disse. Ela está tomando anticoagulante e remédio para dor, por causa da queimação.

@bruunaaguiar_ Vem ouvir essa historia para caso um dia sinta algo parecido você correr por hospital #saude #AVC #foryou ♬ original sound – Bruna Aguiar Machado

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@bruunaaguiar_ Final da tour! #saude #AVC #foryou ♬ original sound – Bruna Aguiar Machado

Após as primeiras publicações de Bruna, feitas no TikTok em 24 de novembro de 2022, a jovem voltou a rede para esclarecer sobre as dúvidas do que gerou o seu AVC.

De acordo com o relato de Bruna, o que gerou seu AVC foi algum trauma, ter mexido a cabeça de forma brusca, que pode ter dado um mal jeito ou um espirro muito forte. Embora não tenha tido perdas significativas nos movimentos, ela ficou sentindo queimação no braço, a mão e o pé esquerdos ficam gelados, além de dores no pescoço, atrás do olho e na cabeça.

Em meados de janeiro, 2 meses após o AVC, Bruna fez um vídeo relatando como está sua vida e a evolução do seu tratamento.

@bruunaaguiar_ Parte 4 da historia do meu AVC – agora como ta sendo meu pós #AVC #foryou ♬ original sound – Bruna Aguiar Machado

O que causa um AVC?

O cardiologista Ausonius Sawczuk diz que um AVC é causado quando há uma interrupção ou alteração do fluxo do sangue em uma determinada região do cérebro. Existem, basicamente, dois tipos:

Isquêmico: quando há o entupimento de um vaso sanguíneo, devido ao acúmulo de placas de gordura em suas paredes. Ou então quando um coágulo migra para um vaso sanguíneo cerebral e limita o fluxo de sangue, o que vai “matando” as células que não recebem nutrição.

Hemorrágico: quando um vaso sanguíneo ou artéria se rompe, causando vazamento do sangue na região e interrompendo o fluxo sanguíneo apropriado. Dependendo de onde foi a ruptura do vaso, é possível que haja maior, menor ou nenhuma sequela.

O AVC é, normalmente, consequência das principais doenças relativas ao coração e aos vasos sanguíneos. São elas: hipertensão, diabetes, colesterol elevado, tabagismo, sedentarismo, obesidade e alterações das gorduras do sangue, conhecida como dislipidemia.

Leia também: Mãe de Arthur Singer lamenta que bolsonaristas usem morte do seu filho para espalhar mentiras

Mas algumas pessoas nascem com pré-disposições genéticas para ter doenças cardiovasculares. Existe também a MAV (Malformação Arteriovenosa), que pode predispor a sangramentos, obstruções e distúrbios de coagulação, que podem causar coágulos no cérebro.

De acordo com Wanderley Cerqueira de Lima, neurocirurgião e neurologista, o caso de Bruna não é raro e pode ocorrer em pacientes jovens. Ele diz que o derrame por vezes acontece subitamente, sem sintomas prévios.

Sawczuk diz que, quando se trata de pacientes jovens, geralmente, há a associação a doenças genéticas, como distúrbios de coagulação, doenças imunes, autoimunes, inflamatórias agudas, má formação de artérias e uso de substâncias químicas. Já em pessoas mais idosas, a pressão alta não controlada aumenta o risco, principalmente do hemorrágico.

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Bruna Aguiar Machado

Marcela Schiavon, VivaBem

Bruna Aguiar Machado, de 23 anos, relatou ter sofrido um AVC (acidente vascular cerebral). Em uma sequência de vídeos publicados em seu perfil de uma rede social, a jovem contou sobre o ocorrido e fez um alerta para que as pessoas procurem um hospital assim que começarem os sintomas.

Ela contou que no dia 12 de novembro de 2022, enquanto realizava um treino na academia, começou a passar mal, sentindo tontura forte. “Eu normalmente sinto tontura, porque tenho pressão baixa e tenho problema no labirinto. Normalmente quando sento, ela passa, mas dessa vez não passou”. Bruna começou a perder os sentidos e ficou em pânico. Ela foi até o banheiro porque começou a ter enjoo e se deitou no chão até se sentir bem.

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No fim da tarde, ela começou a passar mal de novo. “Me deu tontura, visão toda branca com umas bolinhas, fiquei uma hora assim até voltar a me sentir bem. Depois fui até a casa de uma amiga, como se nada tivesse acontecendo e lá comecei a sentir uma forte dor nas costas”, disse. O incômodo irradiou até o braço e o pescoço. “O braço formigava muito, subia para a cabeça e formigava o pescoço e a cabeça.”

Bruna foi até o pronto-socorro, mas não foi diagnosticada com nada, que poderia ser dor muscular. Durante dois dias ela sentiu dor no pescoço e de cabeça. “Fiquei tomando analgésico, mas na madrugada de segunda para terça meu braço queimava, meu olho começou a doer e não conseguia mais engolir. Achei que ia morrer engasgada”.

A jovem contou que ficou cuspindo em um saquinho porque não conseguia engolir mais. O rosto inchou e seu olho ficou um pouco caído. Ela voltou ao pronto-socorro à noite. A suspeita, dessa vez, era esclerose múltipla e ela foi internada. Ao fazer os exames, diagnosticou-se um AVC.

“Para mim, AVC era uma coisa que só dava em pessoas mais velhas e era algo com que você morre [sic], muito grave. Quando falou ‘você teve um AVC’, eu entendi que eu morri. Foi um susto muito grande.”

“Foram seis dias de UTI, mais um e meio no quarto, mas agora já está tudo bem. Tenho que tomar muito cuidado, ficar um mês de repouso”, disse. Ela está tomando anticoagulante e remédio para dor, por causa da queimação.

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Após as primeiras publicações de Bruna, feitas no TikTok em 24 de novembro de 2022, a jovem voltou a rede para esclarecer sobre as dúvidas do que gerou o seu AVC.

De acordo com o relato de Bruna, o que gerou seu AVC foi algum trauma, ter mexido a cabeça de forma brusca, que pode ter dado um mal jeito ou um espirro muito forte. Embora não tenha tido perdas significativas nos movimentos, ela ficou sentindo queimação no braço, a mão e o pé esquerdos ficam gelados, além de dores no pescoço, atrás do olho e na cabeça.

Em meados de janeiro, 2 meses após o AVC, Bruna fez um vídeo relatando como está sua vida e a evolução do seu tratamento.

O que causa um AVC?

O cardiologista Ausonius Sawczuk diz que um AVC é causado quando há uma interrupção ou alteração do fluxo do sangue em uma determinada região do cérebro. Existem, basicamente, dois tipos:

Isquêmico: quando há o entupimento de um vaso sanguíneo, devido ao acúmulo de placas de gordura em suas paredes. Ou então quando um coágulo migra para um vaso sanguíneo cerebral e limita o fluxo de sangue, o que vai “matando” as células que não recebem nutrição.

Hemorrágico: quando um vaso sanguíneo ou artéria se rompe, causando vazamento do sangue na região e interrompendo o fluxo sanguíneo apropriado. Dependendo de onde foi a ruptura do vaso, é possível que haja maior, menor ou nenhuma sequela.

O AVC é, normalmente, consequência das principais doenças relativas ao coração e aos vasos sanguíneos. São elas: hipertensão, diabetes, colesterol elevado, tabagismo, sedentarismo, obesidade e alterações das gorduras do sangue, conhecida como dislipidemia.

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Mas algumas pessoas nascem com pré-disposições genéticas para ter doenças cardiovasculares. Existe também a MAV (Malformação Arteriovenosa), que pode predispor a sangramentos, obstruções e distúrbios de coagulação, que podem causar coágulos no cérebro.

De acordo com Wanderley Cerqueira de Lima, neurocirurgião e neurologista, o caso de Bruna não é raro e pode ocorrer em pacientes jovens. Ele diz que o derrame por vezes acontece subitamente, sem sintomas prévios.

Sawczuk diz que, quando se trata de pacientes jovens, geralmente, há a associação a doenças genéticas, como distúrbios de coagulação, doenças imunes, autoimunes, inflamatórias agudas, má formação de artérias e uso de substâncias químicas. Já em pessoas mais idosas, a pressão alta não controlada aumenta o risco, principalmente do hemorrágico.

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