Delmar Bertuol*, Pragmatismo Político
Já é praxe. Próximo aos cincos de maio, meu aniversário, elenco uma lista de aprendizados e as publico aqui no Pragmatismo Político. É pra mim um exercício prazeroso e reflexivo. Adoro listas. E o rol obviamente aumenta em um item a cada ano. Porque é como ensinou meu tio: “tu que aprender alguma coisa nesta vida. Jaguara!”
Eis a lista, sem consulta à do ano passado:
1- Lula foi vítima;
2 – dada as conjunturas, Lula foi o melhor e maior presidente que tivemos;
3 – dada as conjunturas, Bolsonaro foi o pior presidente que tivemos e, por isso, também é grande;
4- devemos temer uma volta triunfal do Bolsonaro em 2026;
5- a direita é mais fiel a seus princípios do que a esquerda;
6- religiosidade geralmente é bom;
7 – religião nem sempre é bom;
8 – as pessoas fogem a seus princípios e traem outras por dinheiro;
9 – dinheiro não necessariamente traz felicidade;
10 – a pobreza tampouco traz felicidade;
11 – quem contraria o item acima não abre mão de seu dinheiro para provar a tese;
12 – homens também dizem não;
13 – número reservado ao PT. Ele é o partido mais importante do Brasil;
14 – número reservado ao PTB. Ele de trabalhista não tem nada senão o nome. E não lembra Getúlio Vargas nem mesmo da época do Estado Novo. Getúlio Vargas, apesar de seu passado em parte ditatorial, foi o segundo melhor presidente que tivemos;
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15 – a terceirização precarizou os trabalhos em vários aspectos;
16 – falando nisso, em 2016, foi golpe!;
17 – a meritocracia existe. E isso não é necessariamente ruim;
18 – precisamos debater a redução da maioridade penal pelo menos para alguns casos;
19 – o Comunismo, que nunca existiu em lugar algum, seria mais injusto que o Capitalismo;
20 – o Socialismo, que nunca existiu em lugar algum, é uma utopia inalcançável;
21 – o Capitalismo que temos é injusto;
22 – em tese, o Capitalismo pode ser justo;
23 – do modo que está, a educação pública dita inclusiva está cada vez mais não só reproduzindo como reforçando a exclusão e os estratos sociais;
24 – a educação e o modo como foram criados nossos pais não devem ser simplesmente reproduzidos agora com nossos filhos. Eram outros tempos;
25 – embora fossem outros tempos, devemos aprender, adaptando à realidade de hoje, com a educação e o modo como nossos pais foram criados;
26 – as pessoas querem falar, mas não têm a mesma disposição para ouvir;
27 – gosto se discute;
28 – a gente pode ouvir todos os tipos de música sem com isso sermos intelectual ou culturalmente inferiores;
29 – geralmente, as letras dos fânquis são ruins;
30 – deveríamos discutir mais os estrangeirismos em nossa língua do que a linguagem neutra;
31 – acho que, na nesta cultura, é impossível para um homem adulto nunca ser (ter sido) machista. Ainda que involuntariamente. E isso é uma crítica, não uma relativização absolvitória;
32 – embora eu defenda um estado grande, é comodismo esperar que ele faça tudo por nós;
33 – uma noite bem dormida pode salvar o dia;
34 – uma noite “mal dormida” também;
35 – coachs podem ser úteis;
36 – o egoísmo é, muitas vezes, salutar. Aprendi isso com um coach;
37 – os canalhas também envelhecem;
38 – devemos nos reunir para comemorar os aniversários, sob pena de só nos vermos nos velórios.
Feliz aniversário pra mim.
*Delmar Bertuol é professor de história da rede municipal e estadual, escritor, autor de “Transbordo, Reminiscências da tua gestação, filha”
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