Deltan Dallagnol: "Existe liderança do homem sobre a mulher. Está na Bíblia"
"Não importa se eu concordo ou não, se você concorda ou não, o que importa é que está na Bíblia". Em entrevista ao Roda Viva, Deltan Dallagnol defende a submissão da mulher e mostra que não passa de uma fanático religioso que está disposto a usar a crença e a fé das pessoas para se manter vivo na política. Esse é o mesmo ex-procurador que dizia liderar uma operação 'imparcial' para libertar o país da corrupção e foi glorificado pela mídia
O ex-deputado Deltan Dallagnol participou do programa ‘Roda Viva’, da TV Cultura, nesta segunda-feira (29), e defendeu que a mulher deve ser submissa ao homem.
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O comentário foi feito após o questionamento da jornalista Vera Magalhães sobre a notícia falsa que o ex-deputado disseminou dando conta de que o PL das Fake News iria censurar trechos bíblicos nas redes sociais. “Gostaria de saber de onde o senhor tirou isso porque é claramente uma Fake News”, disse a jornalista.
“Não se pode restringir o alcance de versículos bíblicos que falam que dentro do lar existe uma liderança do homem sobre a mulher. Não importa se você concorda ou não com isso, se eu concordo ou não, o que importa é que isso está na Bíblia”, disse o ex-parlamentar.
A ex-âncora do “Roda Viva”, Daniela Lima, usou as redes sociais para criticar a declaração de Dallagnol. “É triste o país em que uma figura pública se sente à vontade para defender a submissão da mulher ao homem diante de tantos índices crescentes de feminicídio”, lamentou Daniela.
Elogios a Bolsonaro
Na entrevista, Dallagnol ainda afirmou que “não pensa duas vezes” em defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o atual mandatário, Lula (PT). “Avaliando Lula, avaliando Bolsonaro, eu não penso duas vezes em defender Bolsonaro contra Lula”.
O deputado cassado pelo TSE disse que o atual presidente defende ditaduras. Ele citou o encontro de Lula com o venezuelano Nicolás Maduro hoje.
Deltan argumentou que o mesmo não foi feito por Bolsonaro. Porém, o ex-presidente já se encontrou com o príncipe saudita Mohammad bin Salman, herdeiro de um regime acusado de violar direitos humanos, e o governo foi presenteado com joias sauditas.
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