Mãe recebia mesada de empresário para permitir que o homem estuprasse a filha de menos de 2 anos de idade no Rio Grande do Sul. Abusos aconteciam em um imóvel de luxo, amplo e com muita segurança
Uma mulher de 25 anos foi presa em Porto Alegre (RS) por entregar a filha de 1 ano e 8 meses para ser estuprada pelo empresário Jelson Silva da Rosa, de 41 anos. Ela é a quarta mãe presa pela Operação La Lumière, que investiga a exploração sexual infanto-juvenil.
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Além das quatro mulheres, o empresário que cometia as violências sexuais contra as crianças está preso desde abril. Ele foi indiciado por exploração sexual infantil e estupro.
De acordo com as informações da polícia, a avó materna da criança também é suspeita. Ela daria suporte e apoio para os crimes e também seria beneficiada economicamente pela exploração da neta.
O esquema envolvia uma rede de mulheres que entregavam seus filhos, todos entre 0 e 12 anos de idade, para abusos sexuais em troca de dinheiro e presentes.
O empresário ofereceria uma lista de opções às mães, com preços para passar o fim de semana e dar banho nas crianças, como se fosse um cardápio.
Como o esquema foi revelado
A Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) descobriu o caso após receber uma denúncia anônima, no fim de abril. De acordo com a delegada Camila Franco Defaveri, uma pessoa avisou a polícia após ver uma conversa, no computador da empresa onde a mãe trabalhava, com o empresário.
No celular desse homem, a polícia encontrou mensagens, inclusive, com outras mães de menores de idade. Segundo a delegada, ele oferecia era “um cardápio” de abusos.
”Era tipo um ‘cardápio’ mesmo. De uma forma bem singela, explicando os valores e o que faria com a criança, por exemplo, desde passeios ao shopping e ao cinema, como banho, dormir de conchinha”, relata a delegada.
Já foram presas quatro mulheres. Uma delas é mãe de três filhas com 8, 10 e 12 anos. Ela residia em Porto Alegre. Já a outra é mãe de uma menina de 7 anos e residia em Cachoeirinha. A penúltima prisão ocorreu no dia 17 de maio. Uma mulher, de 23 anos, mãe de duas meninas de 1 e 3 anos de idade.
Em relação ao homem, os primeiros mandados foram cumpridos na casa onde ele mora, em Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Segundo a polícia, o local é um “imóvel de luxo”, amplo e com muita segurança.
No momento em que os policiais ingressaram na residência, o empresário teria quebrado um celular e um computador. Contudo, a Divisão de Informática do IGP conseguiu recuperar conteúdos armazenados.
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