Motorista de aplicativo atropela jovem, não presta socorro e debocha do rapaz agonizando. Em seguida, foi às redes sociais comemorar a confirmação da morte: "Menos um fazendo o L". Ele também celebrou o fato do atropelamento não ser registrado nem ao menos como homicídio culposo
Um motorista de aplicativo atropelou e matou propositalmente um jovem na ligação Leste-Oeste em São Paulo. O condutor do veículo é Christopher Rodrigues, de 27 anos. A vítima é Matheus Campos da Silva, de 21 anos.
Nas redes sociais, Christopher fez publicações debochando da vítima. “Menos um fazendo o L”, disse em referência aos eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (vídeo abaixo).
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Após o atropelamento, Christopher não prestou socorro, mas foi para suas redes sociais registrar e comentar o caso. Nas imagens, é possível avistar o corpo da vítima sob o automóvel.
Uma das gravações mostra o motorista debochando da morte do jovem. “Lucifer Morningstar [representação de satanás nos quadrinhos da DC Comics] recebeu mais um membro da equipe”, diz. “Agora eu vou para a delegacia assinar um assassinato. Mentira. Deus é mais”, continua.
Em outro registro, o atropelador diz que, mesmo suplicado por transeuntes, dentre eles os “direitos humanos”, não tiraria seu veículo de cima do jovem. “Não posso tirar o carro, né? Senão o cara foge”, declarou.
Depois, é possível ver Rodrigues questionando a um agente se seria preso e sendo tranquilizado. O homem ainda aparece dizendo que, dessa vez, não haveria cervejinha ou picanha para o jovem atropelado, em mais uma referência a Lula.
Por fim, o motorista postou uma foto comemorando por seu ato não ser registrado nem ao menos como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Na delegacia
Durante o depoimento na delegacia, Christopher Rodrigues afirmou se arrepender do atropelamento e das publicações. A polícia não informou se ele apresentou advogado.
Cristopher disse que atropelou e matou Matheus após presenciar a vítima tomando o celular de outro condutor. Christopher também disse que não sabe se a vítima é eleitor de Lula e que tudo não passou de uma brincadeira.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública paulista, o caso foi registrado como furto e morte suspeita ou acidental. O episódio repercutiu nas redes sociais.
“É tão absurdo esse caso que não sei nem por onde começar. Supondo que a vítima tenha roubado um celular, acho que o perigo maior é ‘normalizar’ esses ‘justiçamentos’. Primeiro porque a pena para quem rouba celular não é a morte. Segundo porque, mais cedo ou mais tarde, um inocente será vítima de ‘justiçamento’, como foi Fabiane Maria de Jesus. Terceiro, porque o assassino está dizendo, em linhas gerais, que eleitores de Lula merecem morrer. Esse caso tem que ser levado até as últimas consequências e o rapaz precisa responder pelos seus crimes”, desabafou um usuário.
“É motorista de aplicativo, sem nenhum direito trabalhista e ainda debocha de quem faz o L. Mata uma pessoa e não demonstra nenhum sentimento ou remorso. Que tempos vivemos”, escreveu outro.
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“Completamente psicopata. Executor de ordens robótico do chefe, o satânico capitão. E deve se julgar um herói e bom samaritano. Bolsonarismo é sinônimo de morte”, disse mais um.