Professores da rede pública estadual realizam protesto no Rio de Janeiro
Docentes do estado do Rio de Janeiro reivindicam a implementação do piso nacional do magistério para todos os professores
Lucio Massafferri Salles*, Pragmatismo Político
Em greve desde o dia 17 de maio, profissionais da rede pública de educação do estado do Rio de Janeiro fizeram um novo protesto nesta sexta-feira (dia 26), na Avenida Presidente Vargas, Região Central da cidade (Cidade Nova).
Essa greve foi aprovada no dia 11 de maio (quinta-feira) em assembleia realizada no clube Municipal (bairro da Tijuca), com grande presença dos professores e funcionários administrativos das escolas estaduais.
Educação estadual do Rio de Janeiro aprova a greve
Durante a manifestação, os profissionais da educação mostraram faixas solicitando ao governo do estado o pagamento do piso nacional da educação.
Cabe lembrar que os profissionais da educação reivindicam do governador Cláudio Castro a implementação do piso nacional do magistério para os docentes e o piso dos funcionários administrativos tendo como referência o salário mínimo nacional.
O Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe – RJ), reafirmou que o estado paga um péssimo salário aos profissionais da educação. “Atualmente, o estado do Rio de Janeiro paga o pior salário do Brasil para os educadores da rede estadual: Enquanto o piso nacional é de R$ 4.420, o professor de uma escola estadual tem um piso de R$ 1.588 como vencimento base (18 horas semanais)”.
Por sua vez, “os funcionários administrativos (merendeiras, porteiros, inspetores de alunos), em sua maioria, recebem um piso menor do que o salário mínimo (R$ 802,00)”, disseram em nota.
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Além dessas reivindicações econômicas, a categoria também luta pela revogação do Novo Ensino Médio (NEM) e pela convocação de novos servidores concursados para o magistério (concursos de 2013 e 2014) e para inspetores de alunos (concurso de 2013).
Além disso, consta na pauta dos profissionais da educação a abertura de novos concursos para suprir a carência de psicólogos e assistentes sociais, observando o aumento da violência no interior do espaço escolar.
“Admirável [Novo] Ensino Médio”
A direção do Sepe-RJ afirma que está aberta à negociação, mas que não aceitará a destruição do plano de carreira da categoria: “Não podemos aceitar que o nosso plano de carreira, tão duramente conquistado ainda nos anos 80, venha a ser destruído a partir de promessas de que “assim que a justiça permitir , o plano será pago“.
A próxima assembleia da categoria ocorrerá no dia 1º de junho (quinta-feira).
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*Lucio Massafferri Salles é filósofo, psicólogo/psicanalista e jornalista. Doutor e mestre em filosofia pela UFRJ, especialista em psicanálise pela USU. Criador do Portal Fio do Tempo (YouTube).
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