Quadrilha de tráfico de drogas lavou R$ 2 bilhões em Santa Catarina
Mais de 2 bilhões: quadrilha lavou dinheiro do tráfico de drogas em 560 imóveis de luxo em Santa Catarina. O grupo chegou a comprar um prédio inteiro com dinheiro do crime
A Polícia Federal descobriu um grande esquema de lavagem dinheiro ao prender uma quadrilha de tráfico internacional de drogas, no sul do Brasil. Os criminosos investiam em apartamentos em praias badaladas de Santa Catarina.
De acordo com a reportagem do Fantástico, da TV Globo, a quadrilha chegou a comprar um prédio inteiro com dinheiro do crime. Só nos últimos seis meses, a Justiça apreendeu pelo menos 560 imóveis, que somam mais de R$ 2 bilhões.
A investigação teve início após uma onda de assassinatos violentos na zona portuária, com o chefe da organização, Marcos Silas Neves de Souza, usando a sigla GT para identificarem que ele era o autor dos crimes.
No caso, a polícia descobriu que Marcos Silas era um dos maiores traficantes de cocaína do Brasil. Nos últimos anos, o Fantástico mostrou como traficantes passaram a usar o litoral de Santa Catarina para despachar drogas. Além disso, também ocupou imóveis de luxo como esconderijo.
Lavagem de dinheiro
A Polícia Federal descobriu um apartamento no nome de um casal, que está foragido. O advogado Guilherme Augusto Ferreira era o operador do casal na lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações, o advogado também investiu em imóveis de luxo usando dinheiro do esquema, em Navegantes, avaliada em R$ 2,5 milhões, mas estava próximo de se mudar para outro imóvel, em Itajaí, no valor de R$ 7 milhões.
Um traficante de drogas e armas d Rio de Janeiro e o irmão também se mudaram para Santa Catarina, e contrataram um casal de corretores de imóveis: Moacir Ribeiro de Souza e Graziele Maria da Cruz, que levavam uma vida de luxo e badalação, que também fazem parte da quadrilha.
A polícia ainda investigou que o traficante paraguaio Rodrigo Alvarenga Paredes, preso em março, também lavou dinheiro com imóveis em Santa Catarina.
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Para o delegado do caso, Bruno Humelino, a valorização dos imóveis no litoral de Santa Catarina é o que leva diversas quadrilhas a procurar a região.
Posição da defesa
Em nota para o Fantástico, a defesa diz que nenhum fato criminoso pode ser ligado a Rodrigo Alvarenga Paredes, afirmando que toda a verba é lícita. Já os advogados de Moacir Ribeiro de Souza e Grazieli Maria da Cruz, o casal de corretores imobiliários, nega que eles tenham praticado lavagem de dinheiro.
A defesa do traficante Marcos Silas, o GT, também declara inocência, enquanto a de Guilherme Augusto Ferreira, o advogado preso, disse que os fatos investigados são de três anos atrás, não havendo motivos para manutenção de sua prisão.
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