Agente da PRF chegou a ser preso após matar passageira em abordagem, mas foi solto em audiência de custódia. Tia da vítima diz que policial atirou 10 vezes. Outra mulher foi baleada e sobreviveu: "Tiro entrou e saiu acima do coração"
Um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi preso após matar a estudante universitária Anne Caroline Nascimento Silva, de 23 anos. O crime aconteceu na noite de sábado (17).
No domingo (18), porém, o agente foi solto após passar pela audiência de custódia na Justiça Federal. O nome dele não foi divulgado. Até a publicação dessa matéria, o nome do policial ainda não havia sido divulgado.
Anne era estudante de enfermagem e trabalhava vendendo celulares. Além dela, outra mulher também foi baleada, mas sobreviveu. A família de Anne diz que o carro onde a jovem estava, ao lado do marido, Alexandre, parou na abordagem, mas que os agentes federais atiraram.
“Na altura do Parque das Missões, o policial mandou parar o carro. Alexandre relatou que ligou a seta para encostar e ver o que estava acontecendo, porque os policiais queriam que eles parassem”, narrou Janete Bezerra do Nascimento, tia da vítima.
“E aí, acertou 10 tiros no carro do Alexandre. Nesses 10 tiros, um acertou a Carol na altura do baço. Ela ainda estava consciente e disse que não queria morrer, chorando muito”, emendou a tia.
Outra mulher atingida
Outro motorista contou que, no mesmo local e horário, ficou no meio do tiroteio. E a mulher dele, que estava no banco do carona, foi baleada.
Claudia Maria da Silva dos Santos, 54 anos, foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes e estava internada no CTI na manhã desta segunda-feira (19) com quadro estável.
José Vitório disse que o casal voltava de uma festa de aniversário. “Quando chegamos na alça para pegar a Linha Vermelha, houve um tiroteio. Nós passamos ali no meio e fomos alvejados com um tiro que furou a lataria do carro de trás para frente e transpassou o peito da minha esposa”, descreveu.
“Sorte que tinha uma ambulância passando no momento em alta velocidade, porque já estava com um paciente dentro, mas mesmo assim levou a minha Claudia pro hospital”, lembrou José. “O médico disse que ela se salvou por um milagre, por pouco não atingiu o coração dela”, destacou.
“O disparo atravessou a mala, o banco do passageiro e acertou onde ela estava e atravessou o corpo dela. Por sorte, não acertou nenhum órgão vital. Acertou acima do coração. Foi um livramento de Deus. A minha mãe nasceu de novo. A bala entrou e saiu”, disse a filha da mulher que sobreviveu.
Em uma nota divulgada na tarde deste domingo (18), a PRF tinha falado em um “acompanhamento tático a um veículo suspeito em fuga. O policial que efetuou os disparos foi preventivamente afastado das atividades operacionais”.
➥ Quer receber as notícias do Pragmatismo pelo WhatsApp? Clique aqui e faça parte do nosso grupo!