Redação Pragmatismo
Notícias 05/Jun/2023 às 10:56 COMENTÁRIOS
Notícias

Mergulhado em dívidas, dono do Madero diz se arrepender de apoio a Bolsonaro

Publicado em 05 Jun, 2023 às 10h56

"O Brasil não pode parar por 5 ou 7 mil mortes". Com dívida de R$ 1 bilhão, dono do Madero se diz arrependido por apoiar Jair Bolsonaro e afirma que não repetiria fala anti-isolamento social durante a pandemia. Junior Durski diz que "as vendas caíram" após seus posicionamentos e que deveria ter seguido o conselho do avô

Junior Durski
Junior Durski

Luiz Renato Durski Junior, proprietário do Grupo Madero de restaurantes, declarou arrependimento por ter criticado o isolamento social durante a pandemia e manifestado apoio ao então presidente Jair Bolsonaro.

Em entrevista ao Globo, ele fez referência a um conselho dado por seu avô: “Junior, quem abre um comércio não deve ter candidato, não deve ter político. Não é bom tomar partido facilmente, porque não é bom para os negócios”.

Em 2020, o empresário foi contra a quarentena e disse que o Brasil não poderia parar por “cinco ou sete mil mortes”. Depois dessa declaração, as vendas caíram e as dívidas aumentaram. No segundo trimestre do ano passado, elas chegaram a R$ 1 bilhão.

“Se me perguntar: ‘Faria de novo?’. Não, eu iria seguir a recomendação do meu avô e tocar a vida. A torcida é muito grande para que tudo dê muito certo. E naquilo que a gente puder ajudar é o que tem de acontecer. O Brasil é um país maravilhoso, forte, com um povo muito trabalhador, uma potência mundial em trabalho, em território, que é abençoado. Já passamos por tanto. Está difícil, mas nunca foi fácil”, conta.

Apesar das dificuldades, Junior Durski afirma ter confiança no futuro: “Não é que eu não entenda, mas o meu negócio no Madero, é fritar hambúrguer. O input dos bancos está bem mais devagar do que deveria, mas a perspectiva é que vai melhorar, que o mercado devagarinho vai retomando, como está retomando. O mercado de capitais deve abrir. Ninguém sabe quando, mas a gente tem de estar pronto. Vamos trabalhar como se não tivesse IPO (Initial Public Offering” ou “Oferta Pública Inicial). Ir pagando a dívida no fluxo”.

RELEMBRE

Durante a pandemia, Durski se revelou um militante bolsonarista e foi um dos que deu sustentação às atrocidades do ex-presidente.

“O país não aguenta [isolamento social], não pode parar dessa maneira. As pessoas têm que produzir e trabalhar. Não podemos [parar] por conta de cinco ou sete mil pessoas que vão morrer. Isso é grave, mas as consequências que vamos ter economicamente no futuro vão ser muito maiores do que as pessoas que vão morrer agora com o coronavírus”, alegou Durski à época em vídeo publicado em suas redes sociais.

Segundo ele, os danos econômicos seriam muito maiores que as mortes que o vírus poderia causar. Em todo o Brasil, mais de 700 mil pessoas perderam a vida para a covid-19 e outras milhares ficaram com sequelas.

Quer receber as notícias do Pragmatismo pelo WhatsApp? Clique aqui e faça parte do nosso grupo!

Recomendações

COMENTÁRIOS