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Empresário que admitiu financiar golpistas se diz ‘injustiçado’ após PF bater na sua porta

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Proprietário de afiliada da Jovem Pan confessou na frente das câmeras que cometeu um crime e desafiou a Justiça. No entanto, toda a coragem desapareceu quando a Polícia Federal bateu na sua porta na manhã de hoje

Milton Júnior

A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira (27) mandado judicial contra o empresário Milton de Oliveira Júnior. Proprietário de uma ex-afiliada da Rádio Jovem Pan, ele admitiu em uma transmissão ao vivo que os atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

A ação da PF faz parte da 13ª fase da operação Lesa Pátria e é realizada na cidade de Itapetininga (SP). Em um programa local de rádio, Milton de Oliveira Júnior afirmou que ajudou “patriotas” a irem a Brasília “protestar” contra o governo Lula. Ele disse ter contribuído com recursos em dinheiro e que tem os comprovantes das transações via PIX.

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A fala do radialista foi direcionada a ex-prefeita de Itapetininga e atual deputada federal Simone Marquetto (MDB-SP), depois que a parlamentar deu uma entrevista sobre o assunto.

“Eu contribuí, deputada. Entrego o recibo pra senhora. Não tenho medo de assumir o que eu faço. Se eu tiver que ser preso porque ajudei alguns patriotas a irem para Brasília fazer protestos contra um governo ilegítimo, que eu seja preso, não há problema nenhum”, disse.

Após as declarações, o Grupo Jovem Pan encerrou o contrato com a afiliada de Itapetininga, na qual Milton fez as afirmações. Segundo a Jovem Pan, a afiliada violou “cláusulas contratuais que têm como objetivo a preservação da marca e a reputação” da empresa de comunicação.

Na operação Lesa Pátria, a PF investiga os supostos crimes de: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime e destruição, deterioração ou inutilização de bem protegido.

Depois que a PF visitou a sua casa na manhã de hoje, Milton disse que estava sendo ‘injustiçado’ e ‘vítima de perseguição política’.