Condenado a pagar R$ 5 milhões por racismo e homofobia, Nelson Piquet tem recurso negado pela Justiça. O dinheiro será destinado a fundos de promoção da igualdade racial e contra a discriminação
A Justiça do Distrito Federal negou o recurso apresentado pela defesa de Nelson Piquet contra uma condenação por ofensas racistas e homofóbicas a Lewis Hamilton. A decisão é do dia 26 de maio, mas só foi publicada agora.
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Piquet foi condenado a pagar uma indenização de R$ 5 milhões por chamar Hamilton de “neguinho” em 2022. O dinheiro será destinado a fundos de promoção da igualdade racial e contra a discriminação da comunidade LGBTQIA+.
“O neguinho [Lewis Hamilton] meteu o carro e não deixou [desviar]. O [Ayrton] Senna não fez isso. O Senna saiu reto. O neguinho meteu o carro e não deixou [Verstappen desviar]. O neguinho deixou o carro porque não tinha como passar 2 carros naquela curva. Ele fez de sacanagem”.
“O Keke? Era um bosta, não tinha valor nenhum. É que nem o filho dele [Nico Rosberg]. Ganhou 1 campeonato. O neguinho [Hamilton] devia estar dando mais c* naquela época, aí tava meio ruim”.
Amigo de Jair Bolsonaro
Apoiador e principal doador, como pessoa física, da campanha à reeleição de Bolsonaro, Nelson Piquet guardou na sua própria Fazenda itens valiosos recebidos pelo ex-presidente. Mais de 9 mil itens recebidos como presente por Bolsonaro durante o mandato presidencial ocupam 195 metros cúbicos do espaço emprestado pelo tricampeão mundial.
Foi nesse mesmo galpão da fazenda de Piquet, localizada em uma das áreas mais nobres de Brasília, que estavam os dois conjuntos de joias que Bolsonaro recebeu do regime da Arábia Saudita e que foram entregues à Caixa Econômica Federal. A determinação foi dada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Piquet doou R$ 501 mil para campanha de Bolsonaro chegou a gravar um vídeo em que desejava a morte de Lula. Uma empresa do ex-piloto faturou mais de R$ 6 milhões em um contrato assinado, sem licitação, no governo Bolsonaro.
Recentemente o ex-piloto emprestou um Porsche blindado a Jair Bolsonaro após recusa do governo Lula em ceder um veículo de segurança reforçada ao ex-presidente. Bolsonaro tem circulado com esse veículo de luxo em Brasília após ter retornado dos Estados Unidos, onde passou três meses.
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