Depois de dizer que "as urnas foram fraudadas" e "Lula só recebeu 25% dos votos", Monark recua em depoimento à Polícia Federal e diz que não tem certeza sobre suas declarações. O youtuber ainda afirmou que não estimulou os golpistas do 8 de janeiro, mas apenas "sentiu empatia" por eles
Depois de disseminar uma série de fake news e atacar as instituições e o processo eleitoral brasileiro nas redes sociais, o youtuber Monark se comportou de maneira diferente em depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (29).
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Monark negou ter estimulado os atos golpistas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. No depoimento, ele também evitou criticar o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Em decisão recente, Moraes determinou que as empresas Discord, Meta, Rumble, Telegram e Twitter “procedam ao bloqueio dos canais/perfis/contas” de Monark, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
De acordo com relato divulgado pela PF, Monark afirmou no depoimento de hoje que não incentivou “a invasão ao congresso e aos prédios públicos” e não estimulou “os atos terroristas em Brasília”.
Monark também afirmou que suas falas sobre as manifestações “foram apenas sentindo empatia pelos sentimentos de revolta que alguns manifestantes demonstravam”.
Sobre ter dito que as urnas foram fraudadas e que o TSE praticou ‘maracutaia’ para eleger Lula, Monark afirma que não consegue provar suas declarações e que elas significavam apenas a “desconfiança de um cidadão comum”.
O que Monark já disse
Monark foi demitido do podcast “Flow” em fevereiro de 2022, depois de defender no programa a existência de um partido nazista, o que é proibido por lei.
Após as críticas, Monark pediu desculpas e disse que estava bêbado quando fez o comentário. Ao prestar depoimento na Polícia Civil de São Paulo sobre o caso, ele mudou a versão da história, e disse ter “conhecimento superficial” sobre o nazismo.
Por inúmeras vezes, Monark chamou Alexandre de Moraes de “ditador” e o presidente Lula de “ladrão”.