Depois de oito anos se celebrou a CELAC com a União Europeia, com alguns pontos em que devemos nos ater, pois a comissão além de ter tomado decisões importantes para a comunidade internacional, pudemos ver uma posição de superioridade entre os países europeus e os da América e do Caribe, como se a reunião tivesse mais importância em se tratando dos países da região primária do mundo ocidental, mesmo assim houve discursos importantes dos países americanos, que não podemos deixar de lado.
Países como Nicaragua, Venezuela e Cuba, assim como disse a vice-presidenta, Delcy Rodríguez da Venezuela em sua intervenção na comissão, são países que não deveriam estar sofrendo com embargos econômicos protagonizados pelos Estados Unidos, que nem parte das comissão faz, mas que muitos países, principalmente europeus seguem as medidas realizadas por eles, o que acaba prejudicando estes países, o que ocorre mais por questões ideológicas do que por serem atitudes de caráter espontâneo e de imposição independente.
Sem deixar de aludir ao fato de que a Venezuela é um país que foi embargado economicamente e recentemente com a guerra da Ucrania foi chamada pelo presidente Joe Biden para que fornecesse combustíveis fosseis aos Estados Unidos e a OTAN.
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Lembrando da OTAN vale lembrar que dentro da comissão realizada havia diversos países europeus que fazem parte da organização e que deveriam escutar discursos diretos a eles como o da presidenta de Honduras, Xiomara Castro.
A intervenção de Xiomara Castro foi muito importante, pois apresentou a Europa as verdadeiras intenções da América em relação à guerra, que é somente que elas acabem e que não estamos interessados em tomar uma posição, mas que sim, haja a paz mundial sempre. Pois, como pudemos ver com o andamento da guerra, que os países principalmente da OTAN estão pedindo constantemente que haja uma posição de todos os países.
Assim como vimos com o presidente Luís Inacio Lula da Silva, que tomou uma posição neutra e ao mesmo tempo foi criticado pelo presidente ucraniano, ou seja, parece que há uma posição certa a se tomar e que essa é a do lado da Ucrania. Mas Xiomara Castro, jogou na cara da OTAN, que a posição certa a se tomar é só uma: a da PAZ.
Agora pensando na resolução em questão dos acordos entre MERCOSUL e UE, parece promissor que se finalize os acordos que se busca fazer entre os blocos e que seja adequado, que não seja mais feita não mais com o dólar, mas com uma moeda distinta.
Assim, as resoluções finais da comissão CELAC-UE são promissoras para a comunidade internacional, por pedir a paz internacional e ao mesmo tempo aproximar as relações com a América do Sul e a Europa, que se espera até o final do ano e as expectativas dos presidentes sul-americanos são muito boas para que o acordo seja finalmente assinado e concretizado.
*Danilo Espindola Catalano é escritor, pesquisador e professor de espanhol, dedicado a passar a cultura latino-americana aos seus alunos. Graduado em Sociologia e Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, pós-graduado em Metodologia do Ensino da Língua Espanhola, Especialista em Educação e Cultura pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais Brasil e cursando licenciatura em Letras Português/Espanhol.