Bolsonarista que atacou a Polícia Federal é preso enquanto tentava fugir para a Argentina
Influenciador bolsonarista que incentivou e promoveu atentado contra a sede da Polícia Federal em Brasília é preso no Aeroporto do Rio enquanto tentava fugir para a Argentina. Havia um mandado de prisão preventiva expedido contra ele desde dezembro do ano passado. O terrorista é seguido por parlamentares do PL e tem fotos com Bolsonaro e Michelle
O youtuber bolsonarista Allan Frutuozo da Silva foi preso nesta quarta-feira (26) no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Ele é um dos responsáveis por atacar a sede da Polícia Federal em Brasília.
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O influenciador é investigado por participar, divulgar e incentivar o ataque ao principal prédio da PF no dia 12 de dezembro, quando golpistas tentaram libertar um indígena detido naquele dia. O episódio antecedeu os ataques extremistas aos Três Poderes no 8 de janeiro em Brasília.
Frutuozo foi preso quando tentava embarcar em um voo para a Argentina. Ele foi isolado pelos policiais quando tentava passar pela fila de emigração. Havia um mandado de prisão preventiva expedido contra ele desde dezembro do ano passado, pela Justiça Federal do Distrito Federal.
Logo depois de ser detido, no começo da tarde, Frutuozo foi levado para uma sala da polícia e começou uma transmissão no YouTube e no Twitter para avisar que estava sendo preso. “Parece que realmente vão me recolher. Não percam a esperança no Brasil”, postou ele no Twitter.
De acordo com a decisão judicial, Frutuozo é suspeito de associação criminosa e coação no curso do processo. Em vídeos da invasão da PF, ele aparece estimulando outros bolsonaristas, com gritos de “é guerra” e também fala em “guerra contra comunistas”, de acordo com relatório policial.
“Há nos autos indícios de que Allan não apenas divulgou os atos delituosos, como também conhecia e colaborava com os propósitos do grupo, inclusive no que se refere ao emprego de meios violentos”, diz a decisão que decretou sua prisão.
Depois de preso, Frutuozo foi levado pelos policiais para a penitenciária de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Ligação com a família Bolsonaro e parlamentares de extrema-direita
Ao longo do mandato de Bolsonaro, Allan Frutuozo foi apontado pelo então deputado Alexandre Frota como parte de um esquema de difamação associado ao “gabinete do ódio”. Ele também chegou a ser condenado em primeira instância em 2020, por porte ilegal de arma de fogo.
Nas redes sociais, o apoiador do ex-capitão é seguido por diversos nomes do bolsonarismo extremo, como a ex-secretária Regina Duarte, a senadora Damares Alves e os deputados federais Luiz Lima, Carla Zambelli, André Fernandes, Zucco, Bia Kicis, Júlia Zanatta, Zé Trovão e Mário Frias.
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Allan também realiza críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sempre sai em apoio a Bolsonaro. Frutuozo tem fotos com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o próprio ex-presidente. No final de março, compareceu à posse de Bia Kicis como presidente do PL no Distrito Federal.