Parlamentares conservadores saem em defesa de André Valadão após ameaça de morte a homossexuais. De acordo com Flávio Bolsonaro, as críticas ao pastor evangélico significam "perseguição contra a igreja" e o "fim da liberdade religiosa"
Flávio Bolsonaro utilizou as redes sociais nesta terça-feira (4) para sair em defesa do pastor André Valadão após a repercussão de declarações homofóbicas em um culto exibido no domingo.
“Aos que estavam duvidando, a perseguição chegou dentro das igrejas, é o início do fim do resto que ainda tínhamos de liberdade religiosa”, disse Flávio comentando uma notícia que alegava ser mentira que Valadão incitou fiéis a matar LGBTs.
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A declaração homofóbica do pastor dizia claramente que “Deus matava [sic] tudo [os LGBTs] se pudesse”, mas que agora a missão deveria ser concluída pelos fiéis. O trecho estava presente em uma live publicada no canal de sua igreja, a Lagoinha Church, no YouTube. Graças a uma ferramenta da plataforma, contudo, o vídeo foi editado posteriormente e o trecho apagado.
Quem também defendeu André Valadão foi o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). O bolsonarista disse que o pastor estava pregando contra o pecado e que “ditadores comunistas enaltecidos pela esquerda”, como Fidel Castro, assassinaram pessoas LGBTQIA+.
“Eu nasci para poder ver comunista ensinar cristão a como ler a Bíblia“, iniciou Nikolas. “Gente que nunca abriu um versículo, pessoas que não tem comunhão, intimidade nenhuma com Deus, tive que ouvir aqui um ‘pastor da Shopee’ e a sua igreja invisível dizer que o pastor André Valadão queria matar homossexuais”.
“Para de inventar isso. Pelo contrário, sabe quem matava homossexuais? O Fidel [Castro, ex-ditador de Cuba], que falou para a Folha de S. Paulo que matava e perseguia homossexuais em Cuba. Estão querendo dizer que uma ministração tirada do contexto dizer que o pastor queria matar homossexuais?”, questionou Nikolas.
André Valadão será investigado pelo Ministério Público Federal a pedido do senador Fabiano Contarato por promover uma verdadeira, segundo o parlamentar, “cruzada contra a população LGBT”. Além de dizer que cristãos deveriam matar pessoas LGBT+, o pastor afirmou recentemente que “Deus odeia o orgulho”, em referência velada aos LGBTs.
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