Em vídeo registrado por clientes, funcionário desabafa em voz alta sobre a pressão enfrentada no ambiente de trabalho e uma punição que recebeu por pegar gelo para poder beber água. A empresa é acusada de não disponibilizar água pura aos trabalhadores, fornecendo uma água salobra e imprópria para consumo humano
Um vídeo publicado nas redes sociais ganhou repercussão e provocou discussões sobre pressão e condições degradantes de trabalho nos supermercados da rede Líder, a maior rede supermercadista do estado do Pará.
Nas imagens, um funcionário que trabalha em uma das unidades percorre os corredores da loja enquanto faz um desabafo em voz alta sobre a pressão enfrentada no ambiente de trabalho.
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O funcionário diz que ficou sem água para beber das 13h até às 20h e, não suportando mais a sede, pegou um pouco de gelo no buffet da loja, tendo sido por isso advertido duramente em uma sala fechada.
Segundo o funcionário, a empresa não disponibiliza água pura aos funcionários, fornecendo uma água salobra e imprópria para consumo humano.
O trabalhador enfatizou que é empregado assíduo e atento aos mínimos detalhes e que não merece o tratamento e a punição aplicados porque qualquer ser humano tem direitos mínimos e beber água é um direito humano universal.
“Eu quero denunciar uma empresa que não oferece o mínimo ao funcionário, que é uma água… uma água pura, e fornece água salobra aos funcionários. Estão tentando me punir porque eu peguei um pouco de gelo no buffet… sou um funcionário pontual, cumpro com minhas obrigações”, declara o funcionário, que foi aplaudido pelos consumidores e recebeu manifestações de solidariedade.
O episódio provocou reações nas redes. “Aí vem o tal ‘coach’ alegando que para ficar milionário precisa ‘apenas’ de 14 horas por dia de dedicação. Sob estas condições de trabalho, em 14 horas o funcionário estará literalmente morto”, publicou um usuário.
“Sabe o que é pior? O brasileiro ainda não entendeu que não tem o básico de direitos trabalhistas e simplesmente aceita essas coisas. Aceitaram acabar com os sindicatos, aceitaram banco de horas numa boa! Aumento do tempo pra receber seguro desemprego e não fizeram nenhum protesto”, lembrou outro.
O Supermercado Líder ainda não se pronunciou sobre o episódio. O espaço segue aberto.