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Grupo de WhatsApp do PL tem troca de xingamentos e acusações graves

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Baixaria, xingamentos e até acusações de corrupção, uso de drogas e assassinato: deputados do partido de Jair Bolsonaro promovem quebra-pau em grupo exclusivo do WhatsApp

Gustavo Gayer (GO), Julia Zanatta (SC) e André Fernandes (CE) estão entre os deputados que participaram dos xingamentos

Deputados do partido de Jair Bolsonaro (PL) fizeram acusações graves em um grupo do WhatsApp da legenda. A informação foi divulgada inicialmente no jornal O Globo e confirmada pelo Pragmatismo.

O deputado Vinicius Gurgel (PL-AP) mandou Gustavo Gayer (PL-GO) procurar o AA (Alcoólicos Anônimos), em alusão à suposta embriaguez num acidente de trânsito que teria causado duas mortes há cerca de 20 anos. O parlamentar nega a acusação.

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Gayer contra-atacou chamando o colega de partido de corrupto, menção a uma investigação sobre desvios no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).

A discussão iniciou na tarde de domingo (9), quando o deputado Vinicius Gurgel tentava explicar seu voto a favor da reforma tributária. A iniciativa serviu de gatilho para troca de alfinetadas que evoluíram para uma baixaria completa.

Deputados do núcleo mais próximo a Bolsonaro cutucaram Gurgel perguntando o motivo de ele estar se justificando. Outros questionaram se o parlamentar dava explicações sobre o voto por estar com peso na consciência.

Mais deputados entraram na conversa, e houve um alinhamento de forças antagônicas. Deputados que estavam no PL antes da filiação de Bolsonaro passaram a chamar os aliados do ex-presidente de extremistas e radicais que fazem “oposição burra” votando contra projetos bons para o Brasil.

Houve sugestões das duas alas para que os insatisfeitos deixassem o partido. Em determinado momento, foi falado que o “PL do centrão” e o “PL radical” vivem um “casamento forçado”.

Gustavo Gayer (GO), Julia Zanatta (SC), Carlos Jordy (RJ) e André Fernandes (CE) – que votaram contra a reforma tributária – estão entre os que mais postaram as ofensas. Vinicius Gurgel (AP), Luciano Vieira (RJ) – favoráveis à Reforma – e Yuri do Paredão (CE) – licenciado – estão entre os mais ofendidos.

Chamou a atenção a falta de intervenção da direção do PL. A discussão já durava duas horas quando alguma providência foi tomada. Eram 17h36, quando os administradores do grupo limitaram que somente eles podiam postar, uma medida creditada à direção da sigla. O grupo foi reaberto somente na manhã de hoje pelo líder do PL na Câmara, deputado Altineu Cortês (PL-RJ).

A aprovação da Reforma Tributária com uma votação avassaladora representou uma derrota para o PL e demonstrou a fragilidade da liderança de Jair Bolsonaro, que se empenhou pessoalmente contra a proposta.

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