Juiz foi denunciado por praticar abusos sexuais e agressões contra estagiárias sob a supervisão dele. Pelo menos sete mulheres já acusaram o magistrado. "Tenho muito medo dele", relatou uma das vítimas
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) afastou o juiz Ather Aguiar, da Vara da Fazenda Pública e Autarquias de Divinópolis, suspeito de praticar abusos sexuais e agressões contra estagiárias sob a supervisão dele. As informações são da Record TV.
Vítimas relatam agressões
Sete mulheres denunciaram o juiz pelos desvios de conduta. Uma delas relatou que o juiz usava livros para agredir mulheres. “Tenho medo dele me agredir, tenho medo dele”, relatou à emissora.
Outra denunciante disse ter levado um tapa no rosto do juiz, que teria dito que só não bateria de novo nela para que ela não “gamasse”. Uma terceira disse que as vítimas eram trancadas pelo juiz em um corredor quando o desagradavam, sem que pudessem sair.
Mais uma das denunciantes relatou ter sido amarrada a uma cadeira por um assessor de Aguiar. Ao se queixar, ela ouviu do juiz que o colega “tinha feito pouco, que devia ter me amordaçado também”
A defesa do juiz afirmou à emissora que todos os esclarecimentos vão ser apresentados durante a investigação do TJ-MG.
Juiz e assessor são afastados
Ather Aguiar e seu assessor, que não teve o nome divulgado, foram afastados preventivamente por 60 dias depois que o caso chegou à Corregedoria do TJ-MG.
Juízes corregedores tomaram depoimentos das vítimas e recolheram provas, incluindo conversas de WhatsApp.
Leia também: Mais de 80 mulheres precisaram denunciar juiz para que ele fosse investigado
Além do afastamento, o juiz está proibido de entrar no fórum ou de chegar a menos de 500 metros das vítimas.
Em nota enviada à Record, o TJ-MG disse que o caso corre sob sigilo e está na fase de apresentação de defesa pelo magistrado.
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