Reunião do PL se transforma em lavagem pública de roupa suja: Michelle ataca deputados do partido, Jair Bolsonaro humilha Tarcísio e Salles reclama por ser descartado para disputar a prefeitura de SP
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi vaiado por deputados bolsonaristas e humilhado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante a reunião do PL que discutia a Reforma Tributária.
No vídeo compartilhado em páginas bolsonaristas, Tarcísio defende a reforma tributária ao lado de Bolsonaro e outras lideranças do PL, como o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (RN).
O governador diz que a direita deve discutir a proposta. “Nós não podemos perder a narrativa. A direita não pode perder a narrativa de ser favorável na reforma tributária. Senão, ela acaba sendo aprovada, e quem aprovou?”.
Após a fala, Tarcísio é interrompido pelo ex-presidente, que diz: “Se o PL estiver unido, não aprova nada”. Bolsonaro ainda exaltou os deputados que estavam vaiando o governador e disse que “Tarcísio não tem a mesma experiência política” que os parlamentares.
Lavagem de roupa suja
A reunião do PL acabou se tornando palco para lavagem de roupa suja. Depois de a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro dar uma bronca na bancada do partido, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles fez um desabafo.
“Um dos que mais apanhou no seu governo fui eu”, disse Salles, que recentemente foi descartado pelo PL para disputar a Prefeitura de São Paulo. “Porque justamente estava nos ministérios cujo objetivo é enfrentar a esquerda”, completou.
Segundo Salles, “é muito mais fácil, sem nenhum demérito ao trabalho que foi feito, fazer estrada, ponte, ferrovia, do que combater a esquerda”. “Os ministérios ideológicos, Meio Ambiente, Justiça, Educação, Cultura, é ali que a briga ideológica acontece”, seguiu o ex-ministro.
Tarcísio de Freitas se elegeu governador de São Paulo após atuar como ministro da Infraestrutura de Bolsonaro e fazer muitas estradas, pontes e ferrovias.
A hostilidade do PL com Tarcísio aconteceu um dia após o governador fazer um pronunciamento ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em que diz que concorda com 95% da proposta de reforma tributária.
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