Saúde

Ameba “comedora de cérebros” faz mais uma vítima nos Estados Unidos

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Os primeiros sintomas aparecem sete dias após o contato com o protozoário e ocorrem de forma intensa. Taxa de mortalidade é de 97%, segundo o órgão americano CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças)

Imagem: Breakinglatest

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A ameba “comedora de cérebro” não tem este apelido por acaso: em humanos, o protozoário que pertence à espécie Naegleria fowleri entra pelo nariz, chega até o cérebro e ataca os tecidos do órgão, quadro conhecido como meningoencefalite amebiana primária (MAP).

A infecção por este tipo de ameba é rara, mas pode desencadear quadros graves que, na maioria das vezes, levam à morte —como aconteceu recentemente com um homem na Geórgia, nos Estados Unidos.

O rapaz “provavelmente foi infectado” enquanto nadava em um lago ou lagoa de água doce, disse um comunicado do Departamento de Saúde Pública da Geórgia. Este é o sexto caso confirmado no estado desde 1962, segundo o comunicado.

7 fatos sobre a ameba “comedora de cérebro”

É um protozoário de vida livre que não precisa de hospedeiros para sobreviver, comumente encontrado em água doce poluída ou limpa, como rios, pequenas coleções hídricas, rede pública de abastecimento e piscinas.

Tem preferência por águas quentes, podendo sobreviver a temperaturas entre 40ºC e 45ºC, de acordo com um estudo publicado por pesquisadores da Universidade Católica do Chile e do Centro Federal de Educação Tecnológica de Química de Nilópolis (RJ).

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Existem poucos casos de infecções causadas por este tipo de ameba na literatura médica, o que dificulta precisão no diagnóstico e chances de cura: apenas quatro em cada 154 pessoas nos Estados Unidos sobreviveram a uma infecção por ameba comedora de cérebro, segundo o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos).

Mais da metade dos casos que ocorreram nos EUA aconteceram no Texas e na Flórida, onde os organismos microscópicos crescem na água morna das lagoas. No Brasil, ainda não há registros desse tipo de contaminação.

Você não pode se infectar ao beber água contaminada com este tipo de ameba. A infecção só acontece quando a água contaminada pelo protozoário entra em seu nariz, informa o CDC.

Leia também: Criança morre após banho em rio com suspeita de ‘ameba comedora de cérebro’

Não se sabe por que certas pessoas são infectadas com as amebas, enquanto milhões de outras expostas a águas doces quentes e recreativas não, incluindo aquelas que nadavam com pessoas que foram infectadas, ainda de acordo com o órgão.

Muitas vezes o problema não é diagnosticado rapidamente por ser pouco comum. Além disso, tende a ser confundido com meningite, devido aos sintomas parecidos.

Quais são os sintomas?

Os primeiros sintomas aparecem, geralmente, sete dias após o primeiro contato com o protozoário e ocorrem de forma intensa. A pessoa pode sentir:

↗ Febre alta
↗ Dor de cabeça intensa
↗ Vômitos
↗ Alteração sensorial
↗ Convulsões

Essas manifestações podem evoluir rapidamente, em torno de uma semana, para coma e morte, se não houver tratamento.

Como as infecções são raras, o diagnóstico pode ser demorado, o que explica a alta taxa de mortes —97% dos casos, segundo o órgão americano CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças).

Qual é o tratamento?

Identificada a contaminação pela ameba comedora de cérebros, o tratamento deve começar o mais rápido possível. Antifúngicos e antibióticos já foram testados contra a infecção, sendo que o melhor resultado foi com uma substância do primeiro grupo.

Em pesquisa publicada na revista Chemical Neuroscience, cientistas identificaram que minúsculas partículas de prata revestidas com medicamentos anticonvulsivos poderão, um dia, matar as amebas.

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