Paraná: Homem que mandou matar a esposa fotografou vítima sorrindo pouco antes do crime. Mulher tinha seguro de vida com o homem como beneficiário. Nas redes sociais, Adair Lago se dizia 'investidor'. Caso gerou forte repercussão: "As mulheres não podem mais nem confiar nos próprios maridos. Eles estão beijando e ao mesmo tempo tramando suas mortes"
O marido de Franciele Gusso Rigoni, 36, tirou uma foto da vítima sorrindo para avisar ao executor do crime sobre a posição que a mulher estava em casa pouco antes de ela ser assassinada na cidade de Colombo, no Paraná. As informações são da Polícia Civil.
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A foto foi recuperada do celular de Adair José Lago durante perícia. O marido da vítima também teria tirado outras fotos da residência para mostrar os acessos que o executor poderia ter na casa.
A investigação indicou que o marido buscou Wesley Lopes de Assis e a dupla teria parado em um comércio para comprar uma touca e um par de luvas. Wesley teria ficado escondido no banco traseiro do carro até o momento oportuno para entrar na casa e ajudar a matar a vítima, que estava deitada no sofá como visto na foto tirada por Adair.
Após a vítima ser morta com pancadas, principalmente na cabeça, os homens limparam o local e trocaram a roupa da vítima por estar muito ensanguentada. Imagens de câmeras de segurança da residência obtidas ao longo da investigação mostraram a vítima já sem vida no banco do passageiro, de óculos escuros, ao lado do marido.
MOTIVO DO CRIME
A motivação do crime seria o pagamento de apólices de seguro de vida feitas por Adair no nome da esposa, que tinham ele como beneficiário. O marido de Franciele, que se dizia investidor, teria diversas dívidas em razão de jogos de apostas.
As apurações também mostraram que Adair simulou um pix de pouco mais de R$ 10 mil para Wesley durante à noite, o que não foi aprovado pelo banco. Mesmo assim, o marido da vítima enviou um print para o comparsa comprovando a tentativa de transferência.
Adair e Wesley foram indiciados pela Polícia Civil por homicídio qualificado mediante promessa de recompensa, traição e emboscada ou mediante outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima, e feminicídio. Eles também devem responder por fraude processual. Ambos estão presos.
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