Horas após o TSE formar maioria (4 a 0) e confirmar a cassação do seu mandato, Deltan Dallagnol divulga foto com o rosto machucado nas redes em busca de engajamento
O ex-deputado Deltan Dallagnol apareceu em suas redes sociais com o rosto “avariado”, conforme ele mesmo descreveu. Ele afirma que caiu de bicicleta enquanto levava a filha à escola.
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O tombo de Dallagnol ocorreu no mesmo dia em que o TSE formou maioria para manter a cassação de seu mandato na Câmara dos Deputados. A queda rendeu deboche inclusive de seu médico, que afirmou que o ex-deputado tem que se benzer.
“Na cadeira, ele [médico] falou para mim: ‘Deltan, você está com muito azar, está precisando se benzer, porque está apanhando desde semana passada’. A Lava Jato apanhando, Toffoli batendo, Supremo batendo na gente. E agora esse tombo de bicicleta'”, contou o ex-procurador.
Dallagnol postou uma foto do rosto machucado nas redes e, em busca de engajamento, fez um questionamento aos seguidores: “O que você acha que aconteceu comigo?”.
Horas mais tarde, durante transmissão ao vivo, Dallagnol tentou se explicar. “Pessoal, hoje estou um pouco avariado […] Aconteceu enquanto levava minha filha na escola de bicicleta. Ela não teve nenhum arranhão e eu acabei sendo o air bag dela, protegendo ela. E fui de cara no chão, esfreguei a cara no chão”, disse.
TSE mantém cassação
Com um placar de 4 a 0, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria para manter a cassação do registro de candidatura de Deltan Dallagnol. Os ministros examinam um recurso apresentado pela defesa do ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba contra a decisão que cassou o seu mandato de deputado federal no último mês de maio.
Já votaram os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Benedito Gonçalves e Ramos Tavares. Faltam os votos dos ministros Nunes Marques, Raul Araújo e Floriano de Azevedo Marques.
Em junho, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou o pedido de liminar do ex-deputado federal para reverter decisão da Justiça Eleitoral contra o seu mandato. Toffoli considerou que cassação de Dallagnol é constitucional e que não houve interpretação extensiva das cláusulas de inelegibilidade.
Dallagnol ganhou projeção nacional por chefiar a força-tarefa do Ministério Público na Operação Lava Jato. Anos mais tarde, conversas divulgadas pela ‘Vaza Jato’ mostraram que o então procurador combinava sentenças com o juiz da operação, Sergio Moro, impossibilitando o direito de defesa dos investigados.
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