Esporte

Fluminense dá mais um passo para a sonhada final no Maracanã

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Comandado pelo ousado treinador Fernando Diniz, o Fluminense do Rio de Janeiro avançou na Copa Libertadores da América se qualificando para enfrentar o Internacional de Porto Alegre nas semifinais desse torneio.

Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC

Lucio Massafferri Salles*, Pragmatismo Político

Ainda faltam dois difíceis confrontos até a concretização do sonho tricolor de disputar a final da Copa Libertadores da América no Maracanã, em 2023.

Comandado pelo ousado treinador Fernando Diniz, o Fluminense do Rio de Janeiro avançou na Copa Libertadores da América se qualificando para enfrentar o Internacional de Porto Alegre nas semifinais desse torneio.

Desde que Diniz assumiu o comando do tricolor das Laranjeiras (abril de 2022), o time vem evoluindo e encantando a torcida com um futebol que aposta na força do coletivo e que prioriza a criatividade do futebol arte/raiz.

Coragem tricolor colhe a vaga nas semifinais. Boa Diniz!

Foto: Norberto Duarte/AFP

De lá pra cá, houve emoções pra todos os gostos. Para os que se ligam em resultados pouco comuns: pode-se citar a goleada de 10 a 1 para cima do Oriente Petroleiro (no Peru), a de 7 a 0 nas semifinais do Carioca de 2023, em cima do Volta Redonda, a final épica desse Carioca com a goleada de 4 a 1 em cima do bilionário Flamengo e os 5 a 1 em cima do argentino River Plate.

Para os menos apegados ao futebol resultado (“ganhou/perdeu”), o Flu tem repertório de emoções intensas baseado em toques de bola envolventes que evoluem em formações de “enxames” que desarticulam as marcações dos adversários, por todos os lados do campo. E tudo começa lá atrás, nos pés do goleiro Fábio, quando não é o caso de parar nas mãos dele (em forma exuberante).

Uma das linhas de força do Fluminense de Fernando Diniz está baseada no cultivo e fortalecimento dos laços socioafetivos, sob uma perspectiva psicossocial, o que inclui a sua torcida que cada vez mais se aproxima e abraça o time.

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Futebol e Laço Social

Em nossa era de comunicação veloz e intensa na grande Rede, onde afetos são impulsionados cada vez mais por imediatismos, projeções e afirmações lacradoras, já houve quem sentenciasse (queimando a língua) o “fim do prazo de validade de Diniz” ou mesmo tenha decretado a sua (suposta) teimosia, distorcendo o significado da autoconfiança que é proporcionada por muito trabalho.

Com a vitória de ontem, por 3 a 1, em pleno Defensores del Chaco, o Fluminense de Diniz mostra não só ter resgatado a força mental e a capacidade de decisão já demonstrada nesse ano de 2023, como aponta que essas virtudes podem ainda estar em processo ascendente. Diante disso, os jogos que definirão a grande final da Libertadores/2023 no Maracanã serão gigantes.

E, que estejamos desencavando das nossas memórias futebolísticas que viver é, também, correr riscos: “Viver é negócio muito perigoso…” (Grande Sertão: Veredas/Guimarães Rosa)

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*Lucio Massafferri Salles é filósofo, psicólogo e jornalista (membro da Associação Brasileira de Imprensa). Doutor e mestre em filosofia pela UFRJ, especialista em psicanálise pela USU. Criador do Portal Fio do Tempo (YouTube).

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