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Autor de atentado em escola de São Paulo tinha posts neonazistas e racistas

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Amigo do atirador contesta versão de bullying e afirma que ele apanhou, em brigas, por razões distintas. Além de descobrir postagens de apologia ao nazismo, inquérito policial também revela que o adolescente se mutilou com uma suástica na perna para ganhar pontos em um grupo na internet. Pai do autor do atentado faz desabafo contra armas: “Aconselho a pessoa que tenha em casa a entregar, porque eu tive arma durante 29 anos e nunca precisei usar, e agora e causou essa tragédia”

Câmera de segurança da sala de aula da Escola Estadual Sapopemba

O estudante de 16 anos que promoveu um atentado a tiros dentro da Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, na manhã desta segunda (23), fez publicações de cunho racista e neonazistas nas redes sociais.

Em um vídeo publicado em suas redes, o aluno aparece com uma suástica desenhada na bochecha. Em outro post, no Twitter, ele xinga com ataques racistas. “Essa puta preta macaca”, diz ele sobre uma mulher que aparentemente criticava seus amigos.

No inquérito policial sobre o ataque à escola, a mãe do jovem declarou que ele tinha muitos seguidores nas redes sociais, fazia muitos vídeos e chegou a negociar a gravação oficial de uma música, mas dias antes publicou a imagem com o símbolo da suástica no rosto, o que gerou a revolta de usuários e o cancelamento da negociação do projeto. Ela afirmou ter confrontado o filho, que teria respondido que não sabia o significado do símbolo nazista.

Além dos posts, a apuração policial apontou que o jovem se automutilou na coxa com um símbolo da suástica. Para a polícia, o objetivo seria ganhar pontos em um grupo que integrava na internet.

Também durante o inquérito, foi apresentada a imagem da perna do jovem com a suástica para a mãe e ela declarou que não tinha conhecimento dessas marcas. O jovem também foi indagado sobre o símbolo e admitiu, segundo consta no inquérito, que se automutilou com uma lâmina de barbear, mas ele negou que tenha sido orientado por alguém a fazer isso.

Ele frequentava o bairro da Liberdade e tentava angariar seguidores nas redes sociais. No TikTok, apesar de não ter muitos seguidores, usuários comentaram sobre o ataque surpresos de ter sido ele o autor.

O jovem foi filmado apanhando em brigas tanto dentro como fora da escola. Em alguns dos conteúdos divulgados nas redes, ele aparece sendo agredido por mulheres dentro da escola e também em uma festa na rua. Na ocasião, um outro jovem joga o autor dos disparos no chão e chuta seu corpo repetidas vezes.

@ulisses.poneibackup #costurar com @Vestígios de um Crime #sapopemba @Andressah Catty ♬ Suspense, horror, piano and music box – takaya

Pai faz desabafo contra armas

O autor do atentado usou a arma legalmente registrada de seu pai. Marcos Tuci, de 51 anos, falou sobre o que pensa agora em relação a ter uma arma de fogo em casa. Ele ponderou que nunca precisou dela, que a comprou em razão do serviço que tinha quando era bem jovem, e desaconselhou tal aquisição.

“Não, eu não teria. E aconselho a pessoa que tenha em casa a entregar nessas campanhas de desarmamento, porque eu tive arma 29 anos e nunca precisei usar pra me defender e causou essa tragédia na minha vida aí… E a tragédia pior que foi a perda de uma vida humana, dessa garota acho que é de 17 anos, né? Acho que é 17, é isso, né? Na época eu tinha um serviço de risco e como eu era mais novo, aí eu acabei adquirindo, achando que era uma proteção, mas… Outros funcionários usavam, né…”, disse o pai do adolescente.

→ SE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI… Saiba que o Pragmatismo não tem investidores e não está entre os veículos que recebem publicidade estatal do governo. Fazer jornalismo custa caro. Com apenas R$ 1 REAL você nos ajuda a pagar nossos profissionais e a estrutura. Seu apoio é muito importante e fortalece a mídia independente. Doe através da chave-pix: pragmatismopolitico@gmail.com

Câmera de segurança da sala de aula da Escola Estadual Sapopemba

O estudante de 16 anos que promoveu um atentado a tiros dentro da Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, na manhã desta segunda (23), fez publicações de cunho racista e neonazistas nas redes sociais.

Em um vídeo publicado em suas redes, o aluno aparece com uma suástica desenhada na bochecha. Em outro post, no Twitter, ele xinga com ataques racistas. “Essa puta preta macaca”, diz ele sobre uma mulher que aparentemente criticava seus amigos.

No inquérito policial sobre o ataque à escola, a mãe do jovem declarou que ele tinha muitos seguidores nas redes sociais, fazia muitos vídeos e chegou a negociar a gravação oficial de uma música, mas dias antes publicou a imagem com o símbolo da suástica no rosto, o que gerou a revolta de usuários e o cancelamento da negociação do projeto. Ela afirmou ter confrontado o filho, que teria respondido que não sabia o significado do símbolo nazista.

Além dos posts, a apuração policial apontou que o jovem se automutilou na coxa com um símbolo da suástica. Para a polícia, o objetivo seria ganhar pontos em um grupo que integrava na internet.

Também durante o inquérito, foi apresentada a imagem da perna do jovem com a suástica para a mãe e ela declarou que não tinha conhecimento dessas marcas. O jovem também foi indagado sobre o símbolo e admitiu, segundo consta no inquérito, que se automutilou com uma lâmina de barbear, mas ele negou que tenha sido orientado por alguém a fazer isso.

Ele frequentava o bairro da Liberdade e tentava angariar seguidores nas redes sociais. No TikTok, apesar de não ter muitos seguidores, usuários comentaram sobre o ataque surpresos de ter sido ele o autor.

O jovem foi filmado apanhando em brigas tanto dentro como fora da escola. Em alguns dos conteúdos divulgados nas redes, ele aparece sendo agredido por mulheres dentro da escola e também em uma festa na rua. Na ocasião, um outro jovem joga o autor dos disparos no chão e chuta seu corpo repetidas vezes.

Pai faz desabafo contra armas

O autor do atentado usou a arma legalmente registrada de seu pai. Marcos Tuci, de 51 anos, falou sobre o que pensa agora em relação a ter uma arma de fogo em casa. Ele ponderou que nunca precisou dela, que a comprou em razão do serviço que tinha quando era bem jovem, e desaconselhou tal aquisição.

“Não, eu não teria. E aconselho a pessoa que tenha em casa a entregar nessas campanhas de desarmamento, porque eu tive arma 29 anos e nunca precisei usar pra me defender e causou essa tragédia na minha vida aí… E a tragédia pior que foi a perda de uma vida humana, dessa garota acho que é de 17 anos, né? Acho que é 17, é isso, né? Na época eu tinha um serviço de risco e como eu era mais novo, aí eu acabei adquirindo, achando que era uma proteção, mas… Outros funcionários usavam, né…”, disse o pai do adolescente.

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