Com péssima aprovação popular, Benjamin Netanyahu tenta se equilibrar na corda bamba do poder em Israel enquanto surgem declarações suas que sugerem abertamente o extermínio do povo palestino e deboche sobre respeitar acordos da ONU. Dessa vez, a reação mundial ao massacre em Gaza foi acima do esperado e o líder israelense ensaiou uma mentirosa preocupação com a vida de civis
O ataque de Israel a um hospital que resultou em, pelo menos, 500 mortos na Faixa de Gaza foi alvo de protestos pelo mudo. Em 10 dias de ataques, o israelenses já despejaram ao menos 6 mil bombas em território palestino. Os mortos ainda são incertos. Estima-se que, ao menos, 4.500 já morreram na Faixa de Gaza, sendo mais de mil crianças.
Os ataques desta terça-feira (17) atingiram o histórico Hospital Batista Al-Ahli Arab, além de uma escola da Organização das Nações Unidas (ONU). O incidente no hospital provocou uma escalada de tensões na região e provocou reações no mundo. Em um gesto de solidariedade às vítimas do ataque, diversos países e líderes ao redor do mundo manifestaram sua indignação e preocupação, condenando o ocorrido.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, recebeu Joe Biden nesta quarta-feira (18) para alinharem as estratégias de quais serão os próximos passos da guerra. Com péssima aprovação popular, o líder israelense tenta se equilibrar na corda bamba do poder enquanto surgem declarações suas que sugerem abertamente o extermínio do povo palestino e deboche sobre respeitar as diretrizes da ONU.
Após o bombardeio ao hospital de Gaza, passou a circular nas redes um vídeo em que Netanyahu diz que “é preciso atacar os palestinos de forma dolorosa para que o preço que eles paguem seja insuportável”.
As imagens são antigas, mas mostram perfeitamente quem é o homem que os israelenses escolheram para governá-los por três vezes, num total de mais de 12 anos.
O que também se destaca no vídeo é arrogância de Netanyahu. Alertado por uma assessora sobre Israel correr o risco de ser criticada internacionalmente caso promova banhos de sangue, o líder israelense diz não se importar com a opinião do mundo (assista abaixo).
O jornalista Antonio Mello comentou as falas do mandatário de Israel: “Ele [Netanyahu] confirma que os acordos firmados com os palestinos não deram em nada principalmente porque ele não os cumpria conforme o combinado. Ele confessa cinicamente que dava sua interpretação ao que fora assinado, de acordo com as conveniências de Israel. Mostra que o que ele diz não se escreve e a palavra dele só pode ser encarada como verdadeira quando se refere a seu ódio aos palestinos, que ele no fundo gostaria de ver exterminados ou pelo menos expulsos de vez do que ele considera como suas terras — toda a área da antiga Palestina”.
Nas últimas semanas, Netanyahu e seus ministros já chegaram a fazer declarações ainda mais horrendas, como quando compararam os palestinos a ‘animais’ ou quando menosprezaram o fato de eles não terem acesso à água, comida e remédios.
VEJA TAMBÉM: