Ao mesmo tempo que impede a entrada de água, alimentos e medicamentos em Gaza, Israel solicita US$ 10 bilhões em ajuda militar para os Estados Unidos. Enquanto Gaza ainda não conseguiu receber 1 centavo de ajuda humanitária, Benjamin Netanyahu quer ampliar sua máquina de guerra. Esse é o tamanho da desigualdade do cenário
O pacote de ajuda emergencial americano está em elaboração pelo Congresso dos EUA em coordenação com a Casa Branca. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, irá visitar Israel na quarta-feira (18).
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu aos Estados Unidos US$ 10 bilhões em ajuda militar. A solicitação foi revelada pelo jornal The New York Times. O pacote incluirá também fundos para a Ucrânia, Taiwan e a fronteira EUA-México.
O líder no Senado, Chuck Schumer, disse durante visita a Tel Aviv, no domingo, que os EUA estavam analisando o fornecimento de munição de reposição para o sistema de defesa antimísseis Domo de Ferro, bombas guiadas de precisão, kits JDAM para transformar bombas padrão em munições de precisão, além de munição de 155 milímetros.
Washington mandou o segundo grupo de porta-aviões nuclear liderado pelo USS Dwight Eisenhower para a costa de Israel em meio à guerra do aliado contra o grupo extremista Hamas, conflagrada após o ataque no último dia 7. A medida é vista como mais um aceno de solidariedade do presidente Joe Biden a Israel.
Por outro lado, Gaza vive um desespero completo. De acordo com a ONU, não há mais água potável e as comidas já desapareceram das prateleiras dos mercados. O bloqueio de Israel também impede a entrada de medicamentos e de qualquer tipo de ajuda humanitária. Esse é o tamanho da desigualdade do conflito.
Alvo de 6.000 bombas em uma semana, Gaza está destruída e seus hospitais colapsaram. “O cheiro de morte tomou conta das ruas”, disse um correspondente da BBC. A Unicef informou que 700 crianças palestinas morreram com os bombardeios israelenses.
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