Médico sobrevivente foi operado e estado de saúde é estável. Cunhado de uma das vítimas, Glauber Braga diz que família está devastada. Deputado Chico Alencar levantou possibilidades sobre o crime fez desabafo: "A exemplo dos executores de Marielle, os caras cometem essa barbaridade em uma avenida movimentada, com muitas câmeras de monitoramento, ou seja, sem nenhuma preocupação de serem pegos"
O médico Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, que sobreviveu ao atentado na Barra da Tijuca, passou por uma cirurgia às 11h. De acordo com o Hospital Lourenço Jorge, o médico apresentava estado de saúde estável. Daniel foi atingido por três tiros e a expectativa é que seja transferido para uma unidade particular.
O deputado Glauber Braga (PSOL) disse que Sâmia está “devastada” pelo assassinato do médico Diego Ralf Bomfim, de 35 anos. Diego era irmão de Sâmia Bomfim (que é casada com Glauber Braga, com quem tem um filho).
“Pelas imagens divulgadas pela imprensa, tudo indica que se trata de uma execução. Exigimos imediata e profunda investigação para descobrir as motivações do crime, assim como a identificação e prisão dos executores”, disse Glauber.
Devido à proximidade de uma das vítimas com parlamentares federais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal acompanhe a investigação.
O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) classificou a morte dos três médicos como algo “devastador”. “Essa cidade e esse estado é o que mais facilita esse tipo de crime. Crime, ao que tudo indica, de mando. Crime praticado com a certeza da impunidade em uma avenida movimentada com muitas câmeras de monitoramento. Os caras, a exemplo dos executores de Marielle e Anderson, cometem essa barbaridade sem nenhuma preocupação de serem pegos. Tem escritório do crime no Rio até hoje, tem matador de aluguel”.
“Estamos tratando com muita cautela. Sabendo que toda linha de investigação tem que ser aprofundada. Não estamos querendo fazer nenhuma ilação política direta, inclusive nem a Sâmia e o Glauber não compartilham dessa visão: ‘O principal suspeito é o adversário político A,B ou C’. Temos que ter muita serenidade dentro do possível”, disse Alencar.
Apesar disso, o parlamentar afirma que não há de se descartar nenhuma linha de investigação para o crime. “Mas também não descartar nenhuma hipótese. Será que tem a ver com a máfia das próteses? Será que tem a ver com outro tipo de crime ou atividade criminosa que existe no Brasil?”.
“Não se descarta nada, tem que investigar. Nossa posição do PSOL é isso: investigação profunda, colaboração da Polícia Federal e apuração séria e célere para averiguar tudo”.