Quando se pensa que o Fluminense encerrou o seu repertório de jogos intensos de emoção e ousadia (épicos), em 2023, aparecem John Kennedy e Germán Cano fazendo gols e o L
Lucio Massafferri Salles*, Pragmatismo Político
Quando se pensa que o Fluminense encerrou o seu repertório de jogos intensos de emoção e ousadia (épicos), em 2023, aparecem John Kennedy e Germán Cano fazendo gols e o L.
Os dias que antecederam a grande semifinal da Conmebol Libertadores/2023, ontem, no estádio do Beira-Rio em Porto Alegre, foram marcados por grande expectativa.
Muitas previsões, análises e sentenças lacradoras foram registradas. Após o empate em 2 a 2 no Maracanã (27/09/2023), quando o Fluminense jogou com um a menos por mais da metade do jogo, parte dos torcedores, analistas e torcedores de microfone, cravava que o tricolor do Rio de Janeiro não aguentaria a pressão do Internacional, no jogo decisivo em Porto Alegre.
Além dos resquícios de teimosa resistência em se admirar o estilo ousado e criativo do Flu (autoral) de Fernando Diniz, escutou-se/leu-se bastante coisas do tipo:
“ninguém aguenta a pressão da torcida do Inter, no seu estádio”;
“vai ter inferno e ruas de fogo”;
“decidir no Beira-Rio é pesado”;
“o Fluminense é time de sêniores”;
“Diniz tem prazo de validade vencido”;
“Valência é melhor do que Cano”;
“o Fluminense não tem tradição em Libertadores” e, acima de tudo;
“o Fluminense não vence como visitante”.
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Palavras, palavras, palavras …
Na noite histórica de ontem, quem mais uma vez deu o ar de sua graça foi o Gravatinha, ali coladinho com os cerca de quatro mil e quinhentos tricolores que foram ao Beira-Rio empurrar o seu time.
Para os mais supersticiosos/místicos, de fato, há uma série de coincidências/sinais que podem estar indicando que surgiu um entroncamento espaço temporal no caminho do Fluminense, uma contração histórica que o leva novamente a uma decisão desta Copa, em sua casa, diante da sua torcida, no Maracanã.
Fato é que o Flu de Diniz segue firme em frente, encantando e com coragem, perfeitamente alinhado e harmônico com o inesperado.
Internacional 1 x 2 Fluminense – melhores momentos
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*Lucio Massafferri Salles é filósofo, psicólogo, jornalista (membro da Associação Brasileira de Imprensa) e professor adjunto da Universidade Candido Mendes (UCAM). Doutor e mestre em filosofia pela UFRJ, especialista em psicanálise pela USU e criador do canal FluPress (YouTube).
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