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Apostas em política, um interessante estudo de mercado

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Saiba como o mercado alternativo de aposta em política se tornou um nicho global e veja números dos brasileiros de acordo com estudo da KTO

Imagem: Element5 Digital | unsplash

A KTO ofereceu a possibilidade de apostar nas eleições nacionais e locais porque são altamente relevantes para a população brasileira como um todo. Corridas políticas de alta visibilidade empolgam as pessoas, no Brasil e em qualquer lugar do mundo. Milhões gastam somas consideráveis quando esperam que seu candidato vença, mas também lhes traga lucro no processo.

Após a conclusão das eleições, foi publicado um estudo apresentando diversas constatações importantes sobre como os brasileiros participaram e fizeram suas escolhas. Neste artigo, vamos analisar os principais insights apresentados neste estudo sobre um mercado de aposta um tanto alternativo, mas que é um bom indicador de como o público brasileiro tem interesse em apostas não apenas esportivas.

A pesquisa sobre mercados de apostas políticas

A equipe de pesquisa da KTO analisou mais de perto os mercados de apostas, os perfis dos usuários e as escolhas feitas por aqueles que decidiram apostar no ciclo eleitoral de 2022 no Brasil. Foi possível apostar em diversas disputas, mas as principais foram as corridas para governador, senador e presidente.

Apostar em eleições (e eventos sociopolíticos importantes em geral) se tornou um nicho global nos últimos dez anos. Abundantes informações sobre eventos mundiais, exposição em mídias digitais e acesso remoto a plataformas de apostas móveis criam uma cena dinâmica de apostas, atraindo milhares de apostadores que estão ligados nas disputas.

O potencial das apostas em eleições

Nos EUA, o mercado com o perfil mais alto na política, reguladores como a Commodity Futures Trading Commission (CFTC) foram conhecidos por comparar o jogo na política às bolsas de futuros. Até agora, eles bloquearam a legalização da indústria em solo americano, mesmo quando especialistas apontam que ela poderia ser “maior do que as apostas esportivas” e atualmente arrecada fundos para outros lugares.

No Brasil, por exemplo, houveram diversos casos de apostas informais sendo feitas entre amigos, com pessoas até mesmo lucrando alto com a vitória de Lula. Startups e investidores institucionais afirmam que as apostas em eleições têm o potencial de se tornar um mercado de trilhões de dólares.

No final de 2022, o debate sobre a abertura para apostas políticas regulamentadas recebeu muita atenção, apesar dos temores de que isso poderia prejudicar certos valores democráticos.

A dinâmica das apostas na eleição presidencial de 2022

As eleições presidenciais de 2022 entre Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro foram sentidas e relatadas como um evento marcante na política brasileira. A campanha ressoou globalmente, enfatizando a importância do país mesmo além das fronteiras continentais.

Voltando às apostas e ao cálculo de probabilidades, os apostadores estimaram Lula como o favorito, embora nem todos concordassem com o quanto. No primeiro turno, as apostas em Lula pagavam em média cerca de 1.50, enquanto a maioria tinha Bolsonaro acima de 2.00, mais próximo de 2.50.

No segundo turno, quando candidatos marginais estavam fora de cena e a realidade mostrou que a diferença entre os dois não era tão acentuada, Lula foi cotado em cerca de 1.30. As apostas em Bolsonaro eram muito mais tentadoras, acima de 2.50, com algumas casas de apostas pagando até 3.00 vezes o valor apostado. Ao fim da disputa, Lula foi eleito presidente do Brasil mais uma vez.

Os principais mercados de apostas nas eleições brasileiras

Mercado

% usuários % apostas

% volume

Vencedor geral da eleição presidencial 71,74 40,32 67,56
Eleição Presidencial: vencedor determinado no 1º turno 17,62 8,64 2,87
Candidato presidencial com mais votos em MG 9,13 4,49 2,62
Candidato a senador com mais votos no RS 8,92 4,54 1,78
Candidato a governador com mais votos no RS 2º turno 8,81 4,77 6,30

 

Como podemos ver, de forma não surpreendente, a questão principal do vencedor geral foi o mercado mais popular, atraindo 71,74% de todos os apostadores, mais de 40% das apostas totais e mais de dois terços do valor total apostado.

Em seguida, por alguma distância, estava a questão de saber se as eleições (presidenciais) seriam decididas em um único turno. Uma vez que nenhum dos candidatos recebeu mais de 50% (Lula tinha 48,43% e Bolsonaro 43,20%), as eleições foram para o segundo turno. No entanto, a maioria das apostas foram em Bolsonaro (51,48% contra 48,33%), embora a margem de erro não tenha sido alta.

Os números significativos nas disputas do Rio Grande do Sul se devem principalmente à significatividade da operadora, já que a KTO é a casa de apostas mais popular do estado. Além disso, a eleição para governador teve alta visibilidade pois foi a primeira vez que um candidato se reelegeu no estado em 25 anos.

Principais descobertas sobre aposta em política apresentadas

Por fim, podemos concluir que o brasileiro é um apostador motivado e explora mercados alternativos para além das principais modalidades esportivas e jogos de cassino online. As eleições foram um bom exemplo de que, quando os mercados têm visibilidade e relevância suficiente, os apostadores vão participar.

Ano que vem haverá novas eleições no Brasil e uma nova oportunidade para apostar em política para os brasileiros. Por se tratar de eleições municipais e regionais a visibilidade deve ser um pouco menor, mas ainda assim será uma boa oportunidade para revisitar o tema e voltar a analisar como os brasileiros vão fazer suas apostas.

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