A revista britânica The Economist distinguiu Buenos Aires como a cidade com melhor qualidade de vida da América Latina em sua nova edição do ranking The Global Liveability Index 2023 (ou Índice Global de Habitabilidade), elaborado anualmente. O Índice Global de Habitabilidade mede e avalia a qualidade de vida das cidades através de categorias distintas.
Conforme detalhado pela revista britânica, a capital argentina obteve um total de 82,4 pontos, de um máximo de 100, bem acima da média da América Latina, que foi de 68,2. Desde 2013, a cidade de Buenos Aires lidera a lista, com exceção de 2021, que foi superada por Montevidéu.
Buenos Aires obteve 100 pontos em educação – a pontuação máxima possível – 85,9 em cultura e meio ambiente, 85,7 em infraestrutura, 83,3 em saúde e 70 em estabilidade. Como pode se observar, a cidade destacou-se na variante Educação e Cultura, onde obteve a melhor pontuação. “É a cidade com mais teatros do mundo, depois de Londres e antes de Nova York”, explicou o The Economist.
Assim, a capital argentina se encontra no mesmo patamar de prestigiosas cidades como Nova York, Roma, Edimburgo, superando, inclusive, Abu Dabi e Xangai. A nível global, as cinco melhores cidades para se viver são Viena, Copenhague, Melbourne, Sydney, Vancouver e Zurique.
Além disso, o relatório informou que a pontuação promissora das cidades latino-americanas aumentou nesta edição, embora apenas Buenos Aires (82,8), Santiago (80,8) e Montevidéu (80,4) superaram uma pontuação promissora de 80 sobre um total de 100.
Além destas, mais cidades latino-americanas aparecem entre as 15 primeiras do ranking, como as brasileiras Rio de Janeiro (6ª), São Paulo (7ª) e Manaus (12ª); Quito, capital do Equador (11ª); Bogotá, na Colômbia (13ª); e Monterrey (10ª), Querétaro (14ª.) e Cidade do México (15ª.), as três mais bem classificadas do México.
Ranking das melhores cidades pra se viver da América Latina:
1. Buenos Aires, Argentina
2. Santiago, Chile
3. Montevidéu, Uruguai
4. San Juan, Porto Rico
5. San Jose, Costa Rica
6. Rio de Janeiro, Brasil
7. São Paulo, Brasil
8. Cidade do Panamá, Panamá
9. Assunção, Paraguai
10. Monterrey, México
Panorama global
Embora a capital da Argentina esteja atualmente classificada em primeiro lugar da América Latina, ela ocupa a 66º posição entre as 173 cidades da lista, com Viena conquistando o título de Melhor Qualidade de Vida pela quarta vez em cinco anos, devido à “sua excelente combinação de estabilidade, cultura e entretenimento, e infraestrutura confiável”.
Entre as categorias consideradas para todas as cidades, apenas o índice de estabilidade caiu, em média, em 2023. A inflação – um drama atual para os padrões de vida da Argentina – também é mencionada como um elemento que “poderia levar a novas quedas nos índices de estabilidade e, assim, prejudicar as pontuações gerais de habitabilidade em muitas partes do mundo durante o próximo ano”.
A pesquisa observa que a qualidade de vida aumentou significativamente em 2023, após a superação da pandemia, e com melhorias globais nos resultados dos cuidados de saúde e da educação em muitas cidades da Ásia, Oriente Médio e África.
Por outro lado, as cidades da Europa Ocidental caíram no ranking, enquanto o aumento dos casos de greves e agitação civil – como os que ocorreram na Grécia, Alemanha, Suécia e França – prejudicou os índices de estabilidade das cidades destes países. Da mesma forma, as cidades russas de Moscou e São Petersburgo estão entre as que mais perderam postos na classificação.
No final da classificação, Damasco, capital da Síria, é a cidade menos habitável no índice há mais de uma década. A capital da Ucrânia, Kiev, excluída do índice de 2022 devido à guerra que eclodiu enquanto os dados ainda estavam sendo coletados, também aparece entre as dez últimas: sua pontuação de infraestrutura de 23,2 em 100 é a mais baixa do índice.
As 10 melhores cidades para se viver no mundo:
1. Viena, Áustria
2. Copenhague, Dinamarca
3. Melbourne, Austrália
4. Sydney, Austrália
5. Vancouver, Canadá
6. Zurique, Suíça
7. Calgary, Canadá
8. Genebra, Suíça
9. Toronto, Canadá
10. Osaka, Japão
10. Auckland, Austrália (também em 10º lugar)
O Global Liveability Index
O índice de habitabilidade da Economist Intelligence Unit avalia as condições de vida em cinco categorias: estabilidade, cuidados de saúde, cultura e ambiente, educação e infraestruturas.
Originalmente concebido para ajudar as empresas a calcular subsídios de dificuldades para funcionários que se mudavam para uma nova cidade, a pesquisa também se tornou um retrato das cidades mais e menos desejáveis para se viver.
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