Imagem: Facebook Inter Miami
Em pouco mais de três meses da sua estreia nos gramados estadunidenses, o astro do futebol Lionel Messi transformou a famosa camisa do Inter Miami, da Flórida, na marca esportiva mais popular do planeta.
A cobiçada peça de vestuário do time de Messi na MLS (Major League Soccer) virou objeto de desejo em todo o mundo e tem se tornado cada vez mais difícil de obter, apesar da sua onipresença nas costas de milhares de torcedores que lotam os estádios americanos, nos mercados de Buenos Aires e Bangkok, e um clarão vívido em quase todos os campos onde as crianças se reúnem para brincar futebol na Inglaterra.
Essa febre da camisa 10 rosa se deve a uma simples equação capitalista: o imenso reconhecimento de Messi, um dos dos atletas mais queridos de sua geração; a cor inusitada da camiseta e o potente motor das fábricas têxteis do Sudeste Asiático. Esse ‘boom’ pegou muitos de surpresa, inclusive Tor Southard, diretor sênior de futebol da Adidas na América do Norte, que não esperava a explosão nas vendas no momento da transferência do craque argentino para o Inter Miami.
Tal como o resto do planeta, Southard só descobriu que isso era verdade no dia 7 de junho de 2023, dia em que Messi anunciou as suas intenções numa rara entrevista a dois meios de comunicação espanhóis. Mesmo que não pudessem prever o fenômeno que a camiseta se tornaria e quantas pessoas clamariam por uma, ele e seus colegas tinham uma ideia do que estava para acontecer.
O efeito Messi fez com que a Adidas recebesse quase 500 mil pedidos de lojas e fornecedores da camisa de cor rosa específica do Inter Miami, chamada Pantone 1895C. Este fenômeno surpresa levou a empresa a precisar muito mais daquele tecido específico e mais rapidamente do que inicialmente previsto.
A princípio, o esforço frenético de produção funcionou. A Adidas havia inicialmente avisado seus varejistas para começarem a vender camisetas com promessa de entrega até 15 de outubro, mas as primeiras edições chegaram aos Estados Unidos em 18 de julho. Foram enviados diretamente para Miami, onde a demanda era maior.
O mercado mundial da camisa rosa de Messi
Um terremoto global nas compras foi gerado pelo ídolo do futebol Lionel Messi: seu uniforme rosa do Inter Miami vem quebrando todas as previsões de vendas. E a febre pela cobiçada peça de vestuário esportivo não deve parar por aí, visto que Messi mais uma vez é vencedor da “Bola de Ouro”, entregue recentemente pela France Football, em Paris, honraria que conquistou pela 8ª vez na carreira. Com o troféu, o astro se isola na ponta como líder da premiação Ballon d’Or.
Em destaque na América do Norte, as vendas da camisa 10 de Messi pelo Inter Miami superam os cinco grandes clubes europeus históricos que a Adidas tradicionalmente considera as joias da coroa de seu portfólio: Manchester United, Real Madrid, Juventus, Bayern de Munique e Arsenal.
Desde julho, a Fanatics, que domina a indústria de roupas esportivas nos Estados Unidos, vendeu mais camisas de Messi do que qualquer outro jogador de futebol e qualquer atleta, exceto o quarterback do Philadelphia Eagles, Jalen Hurts, de acordo com o The New York Times. Nenhum jogador, em qualquer esporte, vendeu mais camisas no site nas primeiras 24 horas após a troca de time do que Messi em julho.
Em Buenos Aires, camisas não originais de Messi podem ser encontradas em diversas lojas e quiosques da Rua Florida e no Mercado de San Telmo. Essas falsificações são vendidas por cerca de US$ 50. Messi é considerado um tesouro nacional na Argentina, principalmente depois de trazer o troféu para o país na Copa do Mundo do Qatar de 2022.
Na Europa, onde as afiliações tribais com clubes locais são profundas, as camisas do Inter Miami tornaram-se subitamente comuns. Em um treino para crianças do ensino fundamental em Manchester, na Inglaterra, o habitual encontro dos times do Manchester United, Manchester City e Liverpool estava repleto de camisas rosa do Inter Miami, cada uma com o nome de Messi.
É difícil mensurar a escala da procura. As vendas oficiais ultrapassaram todos os valores de referência que a Adidas poderia ter imaginado, disse Southard: mais do que o frenesi que acompanhou a mudança de David Beckham para o Los Angeles Galaxy em 2007; além da correria causada pelo retorno de Cristiano Ronaldo ao Manchester United em 2021; e além do clamor pela camisa da Seleção Argentina de Messi após o Qatar 2022.
Messi no Inter Miami
A chegada cinematográfica de Messi à MLS, com um gol da vitória no final do jogo em sua estreia, em 22 de julho, veio tarde demais para salvar a temporada do Inter Miami. O Clube perdeu os playoffs e o craque argentino não voltará a jogar de rosa até o ano que vem.
Mas isso pouco fez para atenuar o seu impacto. Os jogos do Inter Miami atraíram público recorde desde a chegada. Os preços dos ingressos das equipes para a próxima temporada dispararam. A Adidas está confiante de que terá produção suficiente da próxima edição da camisa de Messi, prevista para fevereiro, para atender à alta demanda.
Para muitos fãs e varejistas, isso pode não acontecer tão cedo. Se você também está entre os fãs de Messi que pretendem ter a tão cobiçada camisa rosa do Inter Miami, talvez tenha que esperar um pouco mais para conseguir vesti-la. Enquanto isso, você pode adquirir outros produtos esportivos e fazer a melhor compra na Internet, pesquisando a avaliação de produtos e serviços em um site especializado com todas as melhores dicas.
Voltando à camisa 10 de Messi, a peça tornou-se tão cobiçada e tão rara que até o próprio David Beckham, um dos jogadores de futebol mais famosos de sua geração, inclusive coproprietário do Inter Miami, está tendo dificuldade em obtê-la. Mais de uma vez ele quis dar uma camisa rosa do seu time a um amigo ou companheiro de equipe, mas lhe disseram que ele teria que esperar, assim como todos os fãs do mundo.
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