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Israel já lançou o equivalente a quase duas bombas de Hiroshima em Gaza

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Desde 7 de outubro, o exército israelense lançou 20 mil toneladas de explosivos sobre a Faixa de Gaza, o que representa 1,5 vezes a potência da bomba utilizada em Hiroshima, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial. Mais de 200.000 edifícios foram danificados e 32.500 se tornaram inabitáveis. 203 escolas sofreram graves danos. 47 mesquitas foram demolidas e três igrejas atingidas. De acordo com a Convenção de Genebra, é proibido atacar locais de culto, escolas e outras estruturas civis

Imagens de ataque israelense em Gaza. A noite virou dia [AFP]

O número de palestinos mortos na Faixa de Gaza chegou a 8.796, de acordo com a Unicef. Ainda segundo o órgão, do total de mortos, 3.648 são crianças. Os feridos superam 22 mil, além de 1,4 milhão de desabrigados e cerca de 50 mil grávidas sem condições básicas de sobrevivência.

Desde o dia 7 de outubro, o exército israelense lançou cerca de 20.000 toneladas de explosivos sobre a Faixa de Gaza, o que representa 1,5 vezes a potência da bomba utilizada em Hiroshima, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial.

Até agora, 47 mesquitas foram demolidas e três igrejas sofreram danos significativos devido aos ataques. Isso resultou em mais de 200.000 edifícios danificados, com 32.500 deles tornados inabitáveis. Além disso, 203 escolas sofreram graves danos, e 45 escolas estão atualmente fora de operação.

Devido à intensidade dos ataques, as estatísticas ainda não estão completas. De acordo com as disposições da Convenção de Genebra, é proibido atacar locais de culto, escolas e outras estruturas civis. Israel argumentou que militantes se refugiam em ou ao redor desses edifícios.

Cerca de 35 jornalistas, 124 profissionais de saúde e 18 membros da defesa civil das equipes de resgate de emergência foram mortos nos ataques.

O sistema de saúde em Gaza enfrenta um severo colapso. Falta tudo: comida; água; energia e combustível. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que crianças podem já estar morrendo de sede. Não há lugar seguro em Gaza. Apesar de Israel mandar todas as pessoas saírem do Norte de Gaza, região mais povoada, o país não segue sua palavra e ataca toda a região.

Além das bombas que caem aos milhares em Gaza, o exército israelense também promove sangrentas incursões por terra. Enquanto isso, o mundo clama pelo fim da sede de sangue de Israel. “Crianças não são alvo”, disse a ONU em nota divulgada ontem. Gaza, então, tornou-se um “cemitério de milhares de crianças”, segundo o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), James Elder.

Na última terça-feira, Israel promoveu um ataque massivo em um campo de refugiados do Norte de Gaza. Além de dezenas de civis, informações preliminares dão conta de que reféns do Hamas também morreram na investida. Israel argumentou que lá havia um integrante do Hamas.

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