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Empresário que abriu fogo contra policiais em bairro nobre de SP tinha passagens por homicídio e crime ambiental

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Empresário abriu a porta da sua mansão e abriu fogo contra investigadora da Polícia Civil, que foi baleada e morreu; ela deixa uma filha de 5 anos. Colega da policial reagiu e matou o empresário e seu vigilante. Rogério Saladino era CAC e tinha passagens por lesão corporal, crimes ambientais e homicídio. Delegado afirma que policial assassinada era excelente profissional: "Perda irreparável"

Rogério Saladino

O empresário Rogério Saladino, de 56 anos, matou a tiros uma policial civil ao confundi-la com uma assaltante. Saladino era CAC (sigla para Caçador, Atirador e Colecionador de armas), sócio-presidente de um laboratório de medicina diagnóstica, namorava uma modelo e já respondeu por homicídio, agressão e crime ambiental no passado.

Saladino assassinou a investigadora Milene Bagalho Estevam, de 39 anos, no tarde do último sábado (16), em frente a sua residência, nos Jardins, área nobre da região central da capital paulista. Ela não chegou a atirar.

O colega dela, um policial civil, revidou o ataque, e baleou Rogério. O vigilante particular dele, Alex James Gomes Mury, de 49 anos, também foi atingido pelo investigador quando pegou uma das duas armas do patrão e tentou atirar nos agentes. Patrão e funcionário não resistiram e morreram. O investigador não foi ferido e sobreviveu.

Parte do tiroteio foi gravada por câmeras de segurança do casarão do empresário e de residências próximas.

Segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, Rogério tinha autorização para ter armas em sua casa, já que era CAC. Apesar de policiais terem dito que as duas armas do empresário estavam regularizadas, o boletim de ocorrência do caso informa que uma delas estaria irregular: uma pistola calibre .45. A outra pistola: a .380 está legalizada.

Rogério fazia parte do Grupo Biofast, uma empresa brasileira que desde 2004 atua no mercado de medicina diagnóstica entregando resultados de exames médicos para os setores público e privado. Entre as análises realizadas estão as clínicas, anatomia patológica e biologia molecular.

A empresa tem representações em dez unidades de coleta e sete hospitais espalhados em São Paulo, Bahia e Ceará. Ao todo são 355 funcionários. Em 2022, chegou a atender mais de 570 mil pacientes, segundo informações da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).

A Polícia Civil lamentou a morte da investigadora Milene. Ela era policial havia sete anos e deixa uma filha de 5 anos. “Estamos todos destruídos. Era brilhante como Policial, como amiga e como mãe”, disse Thiago Delgado, delegado da Divisão de Roubos e Latrocínios do Deic, que trabalhava com Milene.

A investigadora Milene Bagalho Estevam foi morta com cerca de três disparos. Ela tinha 39 anos. Já o dono da mansão que atirou nela e o vigilante particular foram mortos, cada um, com um tiro.