Mulher descobre traição e corta o pênis do marido; ela jogou órgão na privada e puxou a descarga
Mulher diz que agiu por vingança e que jogou o pênis na privada porque ouviu falar da possibilidade de reimplante do órgão
Por vingança a um suposto caso de traição, uma mulher de 34 anos cortou e fotografou o pênis do marido, em Atibaia, na madrugada da última sexta-feira (22). Em seguida, jogou o órgão sexual do homem na privada, puxou a descarga e foi até a delegacia de polícia para confessar o crime. Ela foi presa no começo da noite.
“Boa noite moço, eu vim me apresentar, porque eu acabei de cortar o pênis do meu marido”, disse a mulher, ao se apresentar na delegacia com o irmão, segundo transcrito no boletim de ocorrência.
O marido, de 39 anos, de acordo com a Polícia Civil, foi hospitalizado. Seu estado de saúde não foi informado.
O caso ocorreu na casa do casal, no bairro Cerejeiras 3, e polícia não disse se a mulher tem defesa constituída.
Segundo o documento policial, a mulher disse que tinha sido informada pouco antes que, no dia do aniversário dela, o marido a teria traído com uma sobrinha dela, uma adolescente de 15 anos.
Como vingança, afirmou ter excitado o marido e durante relação sexual, amarrou suas mãos com uma calcinha. Em seguida, cortou o pênis do homem, que estava ereto, com uma navalha, fotografou o órgão com seu celular, o jogou no vaso sanitário e puxou a descarga.
Logo após ela se apresentar na delegacia e afirmar o que estava fazendo ali, o atendente ligou para a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento), onde o marido foi buscar socorro, para confirmar se a mulher estava falando a verdade.
No depoimento, ela contou que tem navalhas em casa porque faz bico de maquiagem e sobrancelhas, e que jogou o pênis no vaso sanitário porque “já tinha ouvido falar que era possível reimplantar”.
Para a polícia, na confissão, a esposa afirmou que o marido sangrou muito por causa do corte
O irmão dela disse, também conforme consta no boletim de ocorrência, que mora perto do casal e que ouviu alguém gritar pedindo ajuda. Em seguida, viu o cunhado com o short sujo de sangue, pedindo para ser levado para o hospital. Mas antes que conseguisse pegar a chave do carro, o viu ir sozinho à pé até a UPA, que fica perto.
A mulher, que se apresentou voluntariamente à polícia, foi indiciada por tentativa de homicídio, mas acabou liberada pelo delegado de plantão.
Entretanto, mais tarde foi pedida sua prisão temporária de 30 dias, autorizada pela Justiça. Segundo a Polícia Civil de Atibaia, a mulher acabou detida no início da noite. Ela se apresentou na delegacia por volta das 18h e seria levada para a cadeia de Piracaia, cidade próxima.
Em mensagem de celular, a defesa da mulher diz que adotará todas as medidas para libertá-la. “Em momento algum foi demonstrado que a acusada agiu com intenção deliberada de matar e por todo o tempo ela compareceu a delegacia para contribuir com a elucidação do caso concreto, que envolveu o relacionamento da vítima com a sobrinha”, afirmou o advogado Lucas Scardino Fries.
Segundo ele, a decisão que decretou a prisão temporária não tem fundamento. “Será objeto de habeas corpus, pois [o pedido de prisão] afirma, de modo completamente equivocado, que a acusada iria obstruir a investigação ou frustrar a aplicação da lei penal, quando, na verdade, a própria acusada noticiou os fatos e se apresentou voluntariamente a delegacia após ligação da própria Polícia Civil”, disse.