Ron DeSantis abandona prévia republicana e deixa caminho aberto para Trump. Governador publicou um vídeo na rede social X declarando apoio a Trump, que terá somente a Justiça como percalço a partir de agora
RBA
O governador da Flórida, Ron DeSantis, abandonou neste domingo (21) a primária presidencial do Partido Republicano. O político era o principal adversário do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, na corrida pela candidatura do partido para a eleição presidencial de novembro. DeSantis publicou um vídeo na rede social X (antigo Twitter), no qual declara apoio a Trump.
O conservador chegou a liderar algumas pesquisas para as primárias no ano passado, mas seus números vinham caindo e a vitória de Trump dentro do partido já era dada como certa neste ano. Com isso, resta a ex-embaixadora dos EUA nas Nações Unidas Nikki Haley na disputa para decidir quem enfrenta o presidente Joe Biden na eleição geral.
Trump venceu as primárias no estado de Iowa, no último dia 15, com 51,1% dos votos, ante 21,2% de Ron DeSantis (leia mais). A próxima disputa acontece em New Hampshire, na próxima terça-feira (23). No mês de maio ocorre a chamada “Super Terça”, quando 16 estados realizam primárias ao mesmo tempo, decidindo matematicamente a disputa.
Extrema direita
No governo da Flórida, Ron DeSantis, de 45 anos, tomou medidas ultraconservadoras, como parte de uma estratégia de campanha para tentar conquistar o eleitorado mais radical do Partido Republicano, e, consequentemente, fiel a Donald Trump.
Uma lei estadual proibiu qualquer debate sobre gênero e sexualidade nas escolas. Com isso, DeSantis foi criticado pelo grupo Disney e travou batalha para tentar reduzir a influência da gigante de entretenimento no estado. Também assinou um banimento do aborto por seis semanas e se opôs ao envio de recursos para ajudar a Ucrânia, além de reforçar a retórica anti-imigração.
Justiça
O ex-presidente Donald Trump é definitivamente o preferido pelos eleitores do partido Republicano, mas ainda precisa enfrentar os processos na Justiça, como o que responde pelo apoio à invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. Além disso, está inelegível em dois estados, Colorado e Maine, por acusações de fraude eleitoral, e seu futuro depende da Suprema Corte.