Presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores negou que a classe vai comparecer ao ato de apoio a Bolsonaro na Paulista: “Não seremos usados como massa de manobra”
Manoela Carlucci e Maria Clara Matosda, CNN
O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava ) disse à CNN que o segmento não vai parar no próximo dia 25 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Não podemos deixar o segmento do transporte levar esse nome, essa projeção”, afirmou Wallace Landim, também conhecido como Chorão.
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Apesar da negativa, Landim reconheceu que grande parte da classe dos caminhoneiros apoia Bolsonaro. Mas acredita que isso não exclui a outra parte que não defende o ex-presidente.
“Claro que o cidadão tem todo direito de se manifestar, vários caminhoneiros vão se manifestar, mas também temos uma parte que apoia a administração do presidente Lula hoje”, disse.
Em novembro de 2022, pouco após a eleição em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu a presidência da República, as rodovias de pelo menos 25 estados brasileiros foram fechadas por manifestações de parte da classe dos caminhoneiros que recusavam a vitória do presidente.
Para Landim, a categoria precisa hoje lutar por suas próprias pautas ao invés de se vincular com as de Bolsonaro.
“Vamos parar de usar a categoria como massa de manobra, caminhoneiro precisa de fato lutar pela nossa demanda e não em prol de candidato A e candidato B”, declarou.
Ato na Av. Paulista
Bolsonaro convocou seus apoiadores para um ‘ato pacífico’ na Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 25.
A manifestação conta com a presença de alguns aliados do presidente, como os governadores de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).
“Nesse evento, eu quero me defender de todas as acusações que têm sido imputadas a minha pessoa nos últimos meses”, afirmou o ex-chefe do executivo em vídeo publicado nas redes sociais.
O ex-presidente solicitou ainda que apoiadores não realizem atos fora da capital paulista. “O movimento é para a Paulista exclusivo. Não marquem e não compareçam em algum outro movimento fora da capital de São Paulo”, disse.
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A convocação acontece em meio à operação da Polícia Federal (PF) tem como alvo o ex-presidente e seus aliados. A organização cumpriu mandados de busca e apreensão relacionados a um suposto plano de instaurar um golpe de Estado no Brasil – 4 deles incluíam ex-ministros do antigo governo.
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