Corrupção

Dono da Braiscompany é preso na Argentina e vítimas anunciam carreata para comemorar prisão

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Os donos da empresa Braiscompany, de Campina Grande (PB), Antônio Neto Ais e Fabrícia Farias, estavam foragidos do Brasil há um ano após a prática de pirâmide financeira de criptomoedas. Eles respondem por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e contra o Mercado de Capitais, além de lavagem de dinheiro. A prisão foi realizada nesta quinta-feira (29) em operação da Polícia Federal com auxílio da Interpol na Argentina.

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O casal estava morando com os dois filhos pequenos em um condomínio fechado chamado Haras Santa María na cidade de Escobar, local onde foram presos na noite passada em uma operação da Interpol, conforme noticiou o jornal local Clarín.

Identidade falsa

As autoridades da Argentina informaram que eles estavam sendo vigiados há uma semana, após descobrirem que Antônio Neto estava utilizando uma identidade falsa, com o nome de João Felipe Costa.

Em seguida, investigadores da Interpol usaram um drone para identificar o carro que ele e Fabrícia estavam usando e rastrearam compras em supermercado e também o observaram em uma academia, até chegarem ao local onde ele estava vivendo com a família.

A Interpol então preparou uma ação nesta quinta-feira, e duas brigadas da Polícia Federal argentina o aguardavam e bloquearam sua passagem para efetuar a prisão quando Ais estava chegando ao Haras.

Tentativa de fuga de Antônio Neto

Ainda de acordo com o jornal Clarin, Antônio Neto tentou fugir, porém foi alcançado e com as algemas nos pulsos o paraibano confirmou às autoridades portenhas que era o criminoso que procuravam.

Antônio Neto Ais e Fabrícia Ais presos na Argentina

No início de fevereiro, Ais foi condenado pela Justiça Federal a 88 anos e sete meses de prisão, enquanto Fabrícia a 61 anos. Entre os crimes citados na sentença do juiz da 4ª Vara Federal em Campina Grande Vinícius Costa Vidor, estão operar instituição financeira sem autorização, gestão fraudulenta, apropriação e lavagem de capitais.

O valor a ser reparado às suas vítimas é de mais de R$ 370 milhões. Em quatro anos, a empresa movimentou R$ 2 bilhões em criptoativos em contas vinculadas aos suspeitos, que são sócios e colaboradores.

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Eles seguem à disposição da Justiça da Argentina enquanto tramita o pedido de extradição ao Brasil. A prisão faz parte da Operação Halving, iniciada em fevereiro do ano passado e que realizou mandados de busca e apreensão, mandados de prisão, sequestro de bens e suspensão das atividades da empresa.

Há pouco mais de um ano, o dono da Braiscompany publicou uma nota pública. Ele disse que queria ‘gerar liberdade financeira atráves do mercado de criptomoedas’ e que não haviam parado voluntariamente, mas sim por decisão judicial.

Casal Braiscompany fez uso de criptomoedas para se manter

O delegado Guilherme Torres, da Polícia Federal na Paraíba, revelou durante coletiva de imprensa, nesta sexta (1), que o casal Braiscompany Toin e Fabrícia fez uso de criptomoedas para se manter durante um ano na Argentina.

Vítimas da Braiscompany fazem carreata para comemorar

As pessoas prejudicadas anunciaram hoje (1º) uma carreata em comemoração à prisão. Um banner que está sendo divulgado nas redes, convocando os antigos investidores a participar do evento, cuja concentração acontecerá no Parque do Povo, a partir das 19h e passará pelas principais ruas da cidade.

Vítimas de Antônio Neto e Fabrícia Ais anunciam comemoração

Denominado Carreata Grande, o evento contará inclusive com um show do DJ Bruno Odonto.

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