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Banco dos BRICS, presidido por Dilma, doa R$ 5,7 bilhões para o Rio Grande do Sul

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Presidido por Dilma Rousseff, Banco dos BRICS doa R$ 5,7 bilhões para ajudar a reconstruir o Rio Grande do Sul. Metade do valor será destinado a pequenas e médias empresas e obras de proteção ambiental. "Quero dizer aos gaúchos que podem contar comigo neste momento difícil", disse Dilma

Dilma Rousseff foi eleita “Mulher Economista de 2023” (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A ex-presidente Dilma Rousseff, hoje presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB ou Banco do Brics), sediado em Xangai, anunciou a liberação de US$ 1,115 bilhão (R$ 5,750 bilhões) em recursos da instituição para o Rio Grande do Sul. Nascida em Minas Gerais, Dilma se estabeleceu depois no estado.

“Quero dizer aos gaúchos que podem contar comigo e com o NDB neste momento difícil”, afirmou ela em mídia social, dizendo já ter conversado com o presidente Lula e o governador Eduardo Leite sobre o repasse “para obras de infraestrutura urbana, saneamento básico, proteção ambiental e de prevenção de desastres no Estado”.

“Queremos ajudar as pessoas a reconstruir suas vidas”, acrescentou, no vídeo. “O Novo Banco de Desenvolvimento está ao lado do povo gaúcho. Vamos destinar recursos para ajudar o Rio Grande do Sul e os gaúchos, que me adotaram há mais de 50 anos, a superar esta tragédia. Fiquem firmes e amparados pela esperança e a solidariedade. Estamos juntos.”

Os recursos seriam destinados “sem burocracia, por ação direta”, e também por meio de parcerias com o BNDES, o Banco do Brasil e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

Segundo a assessoria do NDB em Xangai, do total de R$ 5,57 bilhões, pouco menos da metade será transferida por meio do BNDES, sendo US$ 250 milhões para pequenas e médias empresas e outros US$ 250 milhões para obras de proteção ambiental, infraestrutura, água e tratamento de esgoto e prevenção de desastres.

O banco tem US$ 200 milhões disponíveis para aplicação direta, podendo financiar obras de infraestrutura, vias urbanas, pontes e estradas. Na parceria com o Banco do Brasil, deve destinar US$ 100 milhões para infraestrutura agrícola, em projetos de armazenagem e infraestrutura logística.

Quinze dias após o início da tragédia, 267.590 endereços continuam com o fornecimento de energia elétrica interrompido. Outras 159.424 unidades estão sem abastecimento de água. As informações são do governo do estado e constam em boletim divulgado às 9h desta terça-feira (14).

As fortes chuvas atingem o estado desde 29 de abril. Mais de 2,1 milhões foram afetados e ao menos 147 pessoas morreram. Outras 125 seguem desaparecidas.