Paraná: Pais de aluna com Síndrome de Down souberam do caso por denúncia anônima e disseram que a filha é não verbal, ou seja, não se comunica com a fala. A vítima também tem diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). "É uma imagem muito brutal. Quando você manda seu filho para a escola, imagina que ele vai estar seguro lá dentro. A gente tá em choque"
Uma professora da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Irati (PR) foi gravada puxando uma aluna com síndrome de down pelo cabelo. De acordo com os pais, a menina é não verbal, ou seja, não se comunica com a fala.
A câmera que registrou a ação contra a jovem de 19 anos é do circuito de segurança da instituição. A gravação é curta, mas é possível ver a aluna saindo correndo da sala de aula. Ela dá poucos passos e é contida pelo puxão de cabelo, aparentemente trançado.
Logo após a estudante cruzar a porta da sala de aula, a professora aparece. Quando o cabelo é tensionado, a professora chega a deslizar no chão, tamanha força exercida. A aluna é conduzida de volta para a sala de aula.
A médica Daniele Yoshitomi, mãe da jovem agredida, conta que a família ficou em choque ao ver as imagens. “É uma imagem muito brutal mesmo. Quando você manda seu filho para a escola, você, no mínimo, imagina que ele vai estar seguro lá dentro. Então a gente ainda está tentando absorver, a gente tá em choque com tudo isso que aconteceu”.
Além de ter síndrome de down, a vítima tem diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Por isso, a família diz que ela não teve condições de pedir ajuda, nem de comunicar os pais sobre o que aconteceu. “Nosso sentimento, além de indignação, de tristeza, é de que se não tivesse tido uma denúncia anônima, nada teria acontecido”.
A Apae identificou a professora como Cleonice Aparecida Alessi Glinski e afirmou que a mesma foi afastada das atividades profissionais na instituição.
A defesa da professora divulgou não ter ciência de qualquer ato oficial contra a mulher e que se manifestará em momento oportuno. O caso é investigado pela Polícia Civil do Paraná (PC-PR).