Redação Pragmatismo
Notícias 21/Jun/2024 às 13:09 COMENTÁRIOS
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Alexandre de Moraes pede 17 anos de prisão para bolsonarista que quebrou relógio de Dom João 6º

Publicado em 21 Jun, 2024 às 13h09

Bolsonarista que quebrou relógio histórico de Dom João VI no 8/1 no Planalto deve pegar 17 anos de prisão, diz Alexandre de Moraes

relógio bolsonarista dom joão

O ministro Alexandre de Moraes votou hoje (21) para condenar a 17 anos de prisão o bolsonarista Antônio Cláudio Alves Ferreira, que quebrou o relógio histórico que pertenceu a Dom João 6º durante a invasão aos prédios da Praça dos Três Poderes nos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023.

Relator do caso, Moraes afirma, em seu voto, que Antônio Ferreira foi o responsável pelo vandalismo ao relógio do século 17. A decisão do ministro cita depoimentos de testemunhas que comprovam a acusação. O relógio foi um presente da Corte Francesa a Dom João 6º.

Os outros 10 ministros do STF ainda precisam votar, na sessão virtual da Corte. Para que Ferreira seja de fato condenado aos 17 anos de prisão, a maioria precisa concordar com o relatório de Moraes. Os ministros podem inocentar o réu ou divergir do relator em relação ao tempo de prisão. O voto ocorre no plenário virtual do STF, quando os ministros votam por meio do sistema eletrônico da Corte.

Segundo Moraes, Ferreira foi um dos que tentou abolir a democracia brasileira ao invadir os prédios dos três Poderes. “Restringindo o exercício dos poderes constitucionais por meio da depredação e ocupação dos edifícios-sede dos Três Poderes da República”, escreveu o ministro no voto.

Ferreira confessou, no interrogatório, que danificou um vidro para ingressar no Planalto. “Em razão da reação dos órgãos de segurança, resolveu danificar o relógio histórico e rasgar uma poltrona, os quais estavam na parte interna do prédio e, após, jogou um extintor nas câmeras”, informa o processo.

Ferreira foi preso depois de filmar a si mesmo no Palácio do Planalto. Ele também acampou em frente ao QG do Exército, onde se concentraram os bolsonaristas que defendiam intervenção militar contra a eleição de Lula (PT).

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