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“Ela me humilhava na frente de todos. Eu chegava a chorar”, diz ex-funcionária de Paula Lavigne

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Trabalhadora relata que os constantes insultos a deixavam em um estado emocional extremamente vulnerável. "Ela me humilhava na frente de todo mundo. Eu chegava a chorar. Eu falava com ela que não precisava ser tão áspera e tão dura", relata ex-governanta de Paula Lavigne. A funcionária chegou a receber atendimento médico por crise de ansiedade e de pânico

Paula Lavigne

A ex-governanta da empresária e esposa de Caetano Veloso, Paula Lavigne, Edna Santos, está processando a ex-patroa e exige uma indenização de mais de R$ 2,5 milhões por questões trabalhistas, incluindo adicional noturno, acúmulo de função, horas extras e incorporação de remuneração.

Em matéria publicada pelo portal Splash, Edna conta que teria sido demitida por justa causa e “quebra de confiança”. Segundo ela, Paula a teria acusado de furtar US$ 40 mil de seu closet, antes de embarcar para uma viagem internacional. Além disso, durante os 22 anos que trabalhou na casa teria sofrido diversas humilhações por parte da empresária.

“Ela é uma pessoa muito temperamental, então ela oscilava muito. Eu escutava das pessoas que sem mim a casa não funcionava, mas no dia a dia com ela era bem difícil, então eu me questionava. Eu falava com ela que não precisava ser tão áspera e tão dura para que eu a reconhecesse como patroa. Mas ela me humilhava”, disse Edna.

A ex-governanta contou ainda que Paula lançava mão de xingamentos para se referir a ela e falava do seu corpo de modo depreciativo. “Se eu engordava um pouquinho, me chamava de gorda na frente de todo mundo. Eu chegava a chorar”, disse. O tamanho do cabelo também era criticado.

A relação de Paula e Edna terminou de vez no último 6 de maio, com um atendimento médico por crise de ansiedade e encaminhamento ao psiquiatra, por suspeita de crises de pânico.

“Eu não conseguia ficar em pé, estava me tremendo. Eu tenho problema de pressão alta e a pressão começou a subir, eu não conseguia respirar e fiquei num estado de pânico, totalmente de pânico. Eu não conseguia falar, só chorava. Eu pensei que iria morrer. Fui para o hospital, me medicaram. A médica perguntou o que aconteceu e eu falei que minha patroa estava botando muita pressão em mim”, contou.

A doméstica conta que ouvia constantemente que era “incompetente” e que teria descontos em seu salário por conta de “erros”. No último episódio, a ameaça se deu porque o plano de saúde de Paula recusou um exame e ela teve de pagar o valor total do procedimento, o que achou ser responsabilidade de Edna, conta.

“Eu não odeio a Paula. Só sinto muita tristeza por tudo ter acabado dessa forma.” Ela também diz não ter medo da investigação policial. O boletim de ocorrência não está disponível para consulta.

“Eu não tenho medo de investigação policial, porque eu sou uma pessoa honesta. Mas eu não tenho medo da investigação policial que seja justa, que não plantem nada contra mim. Eu abaixei a cabeça para ela por 22 anos, mas essa não é uma humilhação como a das coisas que ela falava para mim, para me deixar mal. Agora ela mexeu com minha honra. E eu sempre fui honesta”, diz.

Em nota, a defesa de Paula Lavigne disse que “o que está havendo é uma estratégia adotada, fora dos autos dos processos, em que essa discussão deveria ficar adstrita, para usar as mídias para contar inverdades contra Paula Lavigne e Caetano Veloso buscando um julgamento pelo tribunal da internet, onde não importam provas e verdades, mas tão somente narrativas falaciosas, perpetuando, de maneira irreversível, essa retórica nas milhões de páginas da internet”.