Redação Pragmatismo
Saúde 17/Set/2024 às 08:24 COMENTÁRIOS
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Fisiculturista que morreu aos 36 anos era magrinho na infância e queria ser como o "Rambo"

Publicado em 17 Set, 2024 às 08h24
Fisiculturista morreu anos magrinho infância queria como Rambo
Illia “Golem” Yefimchyk

Viva Bem

Illia “Golem” Yefimchyk era conhecido por compartilhar nas redes sociais seus treinos intensos de musculação e uma dieta ainda mais impressionante: o bielorusso consumia mais de 16 mil calorias diariamente.

Confira como era a dieta do atleta

Segundo o site Essentially Sports, o atleta fazia sete refeições por dia, incluindo três almoços. O café-da-manhã era composto por 300 g de aveia em flocos.

Em seu primeiro almoço, Yefimchyk consumia 108 sushis, o equivalente a 1,6 kg de arroz e 800 g de salmão. Segundo almoço continha 1,3 kg de carne, crepe e sorvete como sobremesa. No terceiro almoço, o prato era composto por 500 g de arroz, azeitonas e macarrão.

Dois jantares e uma última refeição. O primeiro jantar tinha 200 g de queijo e 300 g de macarrão. No segundo, o atleta comia mais 1,3 kg de carne e 700 g de queijo tipo cottage. Para finalizar o dia, o fisiculturista consumia 14 panquecas de aveia com xarope de bordo (maple syrup).

Fisiculturista queria ser um ‘monstro’

Yefimchyk era considerado um dos principais nomes da modalidade atualmente. Com 1,85 m de altura e cerca de 160 quilos, a quantidade de peso erguida pelo atleta era impressionante: Yefimchyk era capaz de levantar 272 quilos no supino e 317 quilos no levantamento terra, de acordo com a revista Men’s Health.

Atleta se inspirava em astros hollywoodianos para se tornar “monstrão”. A grande inspiração de Yefimchyk era o personagem Rambo, interpretado por Sylvester Stallone. “Desde criança eu queria ser como Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone em Rambo. E que, quando as pessoas passassem por mim, vissem um monstro. Eu queria ser tão forte quanto meus ídolos de Hollywood”, declarou ele certa vez em entrevista. De acordo com a revista Essentially Sports, Yefimchyk sofreu bullying durante a infância por conta do porte físico pequeno.

Leia também: Morre mais um fisiculturista brasileiro; Antônio Brás tinha 26 anos e perdeu a vida no dia da competição

“Na minha pequena cidade, uma academia abriu e comecei a frequentar para me tornar o Hulk”, revelou Illia Golem Yefimchyk.

Yefimchyk foi eleito o “fisiculturista mais monstruoso do mundo” pelo site Fitness Volt. O pescoço do fisiculturista tinha 60 cm de circunferência, cada braço tinha 64 cm em circunferência, e o peito media cerca de 155 cm.

A morte de Yefimchyk

Fisiculturista morreu na última sexta-feira (06). O óbito foi confirmado à imprensa pela esposa, Anna, segundo informações do jornal Nexta. Segundo veículos de notícia locais, Yefimchyk sofreu uma parada cardíaca.

Yefimchyk foi socorrido após passar mal e ser transferido de helicóptero a um hospital local, onde teve o quadro estabilizado pelos médicos. No entanto, dois dias após a internação, o fisiculturista sofreu nova parada e teve a morte cerebral confirmada pela equipe médica.

Jovem fisiculturista brasileiro também morreu após sofrer uma parada cardíaca. O atleta Matheus Pavlak, de 19 anos, natural de Blumenau (SC), foi encontrado sem vida no dia 1º de setembro.

Dieta hipercalórica exige cuidados

Hipertrofia muscular demanda consumo de calorias maior do que quantidade gasta. Pessoas que buscam ganhar músculos devem consumir mais calorias do que seu organismo queima ao longo do dia. Entretanto, pessoas “comuns” dificilmente irão precisar consumir tantas calorias como Yefimchyk. Além do estímulo gerado pelos exercícios de força, é necessário ter uma oferta suficiente de calorias e nutrientes, que serão o combustível para a construção dos músculos.

Percentual elevado de massa muscular aumenta gasto de energia. A quantidade de energia que o organismo de corpos musculosos precisa para realizar funções básicas tende a ser alta por si só. O gasto é ainda maior quando somado às calorias queimadas em exercícios intensos, como os treinos pesados de musculação. Para ganhar ainda mais músculos, é necessário repor toda essa energia gasta por meio da dieta, seja com alimentação ou suplementos.

Evolução gradativa no aporte energético das refeições é uma das estratégias adotadas em dietas hipercalóricas. Caso o indivíduo esteja acostumado a consumir duas mil calorias diariamente e passe a consumir quatro mil calorias de forma abrupta, é possível que o ganho no peso não seja de músculos, e sim de gordura.

Alimentos naturais são boas fontes de calorias e nutrientes. Além de oferecerem vitaminas e minerais, refeições baseadas em alimentos saudáveis proporcionam também a ingestão dos três principais macronutrientes. São eles: proteínas (carne vermelha, frango, peixe, ovo, grão de bico, feijão, lentilha, quinoa); carboidratos (arroz, batata-doce e outros tubérculos, aveia e frutas); e gorduras boas (azeite e castanhas).

Dieta e musculação devem ter acompanhamento profissional. O alto consumo energético exigido pela hipertrofia não significa que qualquer alimento pode ser consumido de forma irrestrita. Para garantir refeições equilibradas e evitar a sobrecarga de órgãos como coração e rins, é fundamental ter acompanhamento de nutricionista. Já nos treinos de força, o ideal é ter um treino elaborado por um profissional de educação física, que irá adaptar os exercícios e as cargas para cada organismo.

Alta ingestão de calorias faz parte da rotina de diversas estrelas do cinema. O ator australiano Hugh Jackman, por exemplo, compartilhou que consumia cerca de oito mil calorias diariamente durante preparação para interpretar o personagem Wolverine. Junto à dieta, os treinos de musculação do ator, de 55 anos, também são voltados para ganho de massa muscular.

 

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