Redação Pragmatismo
Armas de Fogo 25/Out/2024 às 12:14 COMENTÁRIOS
Armas de Fogo

Atirador do RS era CAC e acumulou armas legalmente após governo Bolsonaro facilitar acesso

Publicado em 25 Out, 2024 às 12h14

Edson Crippa era colecionador, caçador desportivo e caçador (CAC), sem antecedentes criminais, e tinha licença Sigma do Exército. “Todas as armas eram legalizadas”, informou o delegado do caso. Moradores da região disseram que que ele era uma pessoa extremamente reservada

Atirador RS CAC acumulou armas legalmente após governo Bolsonaro facilitar acesso
Edson Fernando Crippa

Nara Lacerda, Brasil de Fato

O motorista de caminhão, acusado de matar três pessoas e ferir outras dez na cidade de Novo Hamburgo (RS) nesta quarta-feira (23), e que foi encontrado morto pela Brigada Militar (BI) dentro de casa, tinha diversas armas em casa e muita munição, segundo as forças de segurança do Rio Grande do Sul.

Saiba mais: Ataque a tiros no Rio Grande do Sul deixa 3 mortos e 9 feridos; mãe do atirador está em estado grave

Em coletiva de imprensa, o chefe da Polícia Civil do estado, Fernando Antônio Sodré de Oliveira, afirmou que o local do crime lembra uma cena de guerra. Edson Fernando Crippa, de 45 anos, tinha posse de quatro armas, duas pistolas, um rifle e uma espingarda.

Ele informou que os equipamentos eram legalizados e que o acusado era Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). No entanto, Crippa era diagnosticado com esquizofrenia e já havia sido internado quatro vezes. As investigações vão apurar como ele conseguiu acesso legal aos armamentos mesmo com a doença mental. O motorista matou o próprio pai, o irmão e um policial militar (PM).

“Não temos informações de que ele fazia parte de algum clube de tiro. Mas tudo indica que ele entendia de armas e que ele sabia atirar, inclusive porque ele abateu dois drones. Quem acerta um drone com uma pistola não é uma pessoa que não tem noção sobre armas. A munição era parte normal e parte de recarga, que é algo de quem tem contato com clubes de tiro e atiradores em geral.”

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A polícia foi chamada à residência da família na noite de terça-feira (22), por meio de uma denúncia de maus tratos. Segundo as informações ele mantinha os parentes reféns. Após a chegada das forças de segurança, o acusado ainda conversou com os agentes, mas abriu fogo de maneira repentina várias vezes.

Segundo as forças de segurança do estado, todas as tentativas de negociação foram respondidas a tiros. Não foram repassados detalhes sobre as condições do óbito, mas o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), publicou nas redes sociais que a corporação “agiu com firmeza, e o atirador foi morto, evitando consequências ainda maiores”.

A ocorrência durou a noite toda. A polícia foi acionada por Eugênio Crippa, de 74 anos, pai do suspeito e tentou negociar a rendição do acusado. O irmão dele, Everton Crippa, de 49 anos, e o PM Everton Kirsch Júnior, de 31, também morreram.

Entre as pessoas feridas está a mãe do suposto atirador, Cleris Crippa, de 70 anos, que está internada em estado grave. A cunhada dele, Priscilla Martins, de 41 anos, também foi atingida. Além disso, seis policiais e um guarda municipal foram alvos de tiros. Um deles levou três tiros e foi hospitalizado em condições críticas.

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