Vídeos mostram playboys de Manaus atirando para o alto e agredindo moradores de rua. Investigação aponta que os três são filhos de empresários e também foram vistos disputando rachas com carros de luxo. Ainda segundo a polícia, o grupo sai à noite pelas ruas da cidade causando vandalismo, atirando em postes de iluminação pública e aterrorizando pessoas em situação de vulnerabilidade
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram três homens atirando para o alto e agredindo moradores de rua em Manaus e disputando rachas com carros de luxo. O delegado Cícero Túlio pediu a prisão preventiva dos três após acabar o prazo para eles se entregarem.
O caso ganhou repercussão após Pedro Henrique de Carvalho Baima, de 20 anos, gravar um vídeo dele mesmo dentro de um carro disparando um tiro para o alto. Segundo a Polícia Civil, ele faz parte de uma quadrilha de homens que têm aterrorizado moradores de Manaus.
Ainda de acordo com a polícia, o grupo sai pelas ruas da cidade causando destruição e violência. Em vídeos compartilhados nas redes sociais, eles também são vistos jogando bebida em pessoas em situação de rua. Enrick Benigno Lima, também de 20 anos, é outro integrante que participa de rachas em ruas residenciais e dispara tiros para o alto, ainda segundo a investigação.
Em um dos vídeos, o grupo atira em postes de iluminação pública. Em outro registro, Marcos Vinícius Mota da Silva, de 18 anos, aparece em frente a um espelho segurando um revólver. Ele também é investigado pela polícia.
O delegado Cícero Túlio afirmou que todos os suspeitos são filhos de empresários da Região Metropolitana de Manaus, pessoas de alto poder aquisitivo. “Curiosamente, de forma manifesta, acabaram aí realizando diversos atos atentatórios contra a segurança pública aqui do Estado do Amazonas” disse o delegado.
Na segunda (21), por ordem da Justiça, a Polícia Civil realizou uma operação nas residências dos suspeitos, onde foram apreendidos computadores e celulares. Na casa de Marcos Vinícius, os investigadores encontraram munições de pistola.
A Justiça decretou a prisão temporária dos suspeitos por cinco dias, enquanto a polícia continua as investigações para identificar outros membros do grupo.
O secretário de Segurança do Estado, coronel Marcus Vinícius, comentou sobre o caso. “Não adianta ter dinheiro. Se não sabe se comportar dentro de uma sociedade ordeira, cometeu erro, vai responder pelo seu ato, independente do estado financeiro, independente da capacidade da família”, declarou.
Os suspeitos estão sendo investigados por cerca de nove crimes, incluindo porte ilegal de arma de fogo, disparo de arma de fogo, incêndio, explosão qualificada, associação criminosa e injúria real.
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