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Bolsonarista Nego Di deixa a prisão após 120 dias e afirma ter se convertido evangélico

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Nego Di estava preso por lesar pelo menos 370 pessoas com a venda de produtos por meio de sua loja virtual. A investigação apontou que os produtos nunca foram entregues e o influencer movimentou cerca de R$ 5 milhões. Assim como Daniel Alves, que virou evangélico e já apareceu cantando música gospel, Nego Di afirma que também se converteu

Nego Di deixa a prisão

O influenciador bolsonarista Nego Di, de 30 anos, deixou a Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), no Rio Grande do Sul, na noite desta quarta-feira (27), após 130 dias preso. Ele obteve liberdade provisória concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) até o julgamento do mérito do habeas corpus solicitado pela defesa.

SAIBA MAIS: Mais de 370 pessoas foram vítimas de Nego Di, diz Polícia

Ao deixar a cadeia, Nego Di estava segurando uma sacola e vestia camisa branca com a frase “Deus é o maior” escrito com caneta. Ele afirma ter se convertido evangélico após as polêmicas que resultaram em sua prisão.

Nego Di ouviu questionamentos como “você enganou os seus clientes?”, “tem algo a dizer sobre as acusações?” e “não vai se manifestar?”, mas a advogada informou que ele não podia se manifestar. Ele, no entanto, fez uma breve declaração para a imprensa local. “Deus é o maior. É o que eu tenho pra dizer”, afirmou.

LIBERDADE PROVISÓRIA

O Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, relator do caso, foi quem anunciou a decisão de liberdade provisória. A defesa de Nego Di já havia solicitado um pedido de soltura em outubro, mas foi negado.

Nego Di ainda terá que cumprir uma série de medidas cautelares após deixar a prisão. Ele não poderá mudar de endereço sem autorização da Justiça, terá que explicar suas atividades periodicamente, não poderá usar/frequentar as redes sociais e também terá seu passaporte retido.

OS GOLPES

A Justiça havia decretado a prisão após o humorista ser acusado pelo crime de estelionato. Ele é suspeito de lesar pelo menos 370 pessoas com a venda de produtos por meio de uma loja virtual. O golpe consistia na venda de produtos por meio de uma loja virtual. A investigação apontou que os produtos nunca foram entregues.

Os valores do golpe somam R$ 5 milhões. “Várias pessoas humildes foram vítimas dessa farsa. São pessoas humildes, que utilizam do seu trabalho, dinheiro, para que façam a compra desse produto e acabam não recebendo”, declarou o delegado titular da 1ª DP de Canoas Marco Guns, da Polícia Civil do Rio Grande do Sul.