Redação Pragmatismo
Notícias 22/Nov/2024 às 15:15 COMENTÁRIOS
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Filhos de Bolsonaro se desesperam e dizem que Lula armou plano do próprio assassinato

Publicado em 22 Nov, 2024 às 15h15

Não servem de nada para os bolsonaristas as 800 páginas do inquérito da Polícia Federal que apresentam os documentos que comprovam a trama para matar Lula e instituir um golpe de estado no Brasil. As redes de apoio a Jair Bolsonaro, incluindo os seus filhos, estão neste momento espalhando que tudo não passou de uma armação do próprio Lula. Para esse pessoal, o que vale é a narrativa dos grupos de WhatsApp e Telegram

filhos de Bolsonaro
Flávio e Eduardo Bolsonaro (Reprodução/Ag. Senado)

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tem demonstrado sinais de desespero após a Polícia Federal indiciar o seu pai pelos crimes de golpe de estado, atentado à democracia e organização criminosa.

Primeiro, o parlamentar afirmou que planejar o assassinato de chefes de Estado “não é um crime”. Agora, o senador sugere que o planejamento do assassinato de Lula foi orquestrado pelo próprio presidente.

Em postagem no X (antigo Twitter) na madrugada desta quinta-feira (21), Flávio Bolsonaro divulgou um vídeo com trechos editados de discursos de Lula, manipulados para insinuar que o atual mandatário estaria usando “narrativas” para transformar mentiras em verdades.

“A narrativa não se sustenta de pé. Quatro pessoas, sozinhas, derrubariam a República e o restante do país todo iria obedecer a eles?”, escreveu Flávio Bolsonaro em sua publicação, tentando desqualificar as 800 páginas do inquérito da PF.

Quem seguiu um caminho semelhante foi o seu irmão, Eduardo Bolsonaro. Com o objetivo de inverter a lógica da investigação, o deputado afirma que Moraes “não atinge Bolsonaro, mas sim a democracia”.

Nos grupos de WhatsApp e Telegram, os discursos de Eduardo Bolsonaro e Flávio estão sendo reverberados com fervor.

ENTENDA O CASO

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal pela tentativa de golpe de Estado que encabeçou a partir dos últimos dias de 2022, após ser derrotado nas urnas pelo presidente Lula (PT) e ficar inconformado com sua saída do poder.

Cerca de 35 ex-integrantes de seu governo, incluindo militares do alto escalão, também foram indiciados pela PF. Eles são acusados de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa.

Com 884 páginas, o inquérito policial foi concluído no início da tarde desta quinta-feira (21) e agora será entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), ainda hoje. A Procuradoria Geral da República (PGR) é quem fica incumbida de denunciar ou não os indiciados, para que então os réus, em caso de aceitação da denúncia, sejam julgados pelo STF.

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