Espalhou-se a campanha do fascismo que tenta interditar Alexandre de Moraes
É uma campanha orquestrada, que se disseminou pelo Brasil, a que tenta vender a ideia de que Alexandre de Moraes deve abandonar o inquérito sobre o golpismo. Não é só conversa de ‘jurista’.
Jornalões nacionais e regionais escalaram seus articulistas para defender o argumento de que, por ter sido caçado pelo fascismo, Moraes não pode relatar inquéritos nem julgar esse mesmo fascismo.
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É um argumento furado, porque parte da premissa de que um juiz cercado pelos que o temem estaria sempre sob suspeita. Então, seria só atacar o juiz para transformá-lo em parte do caso e afastá-lo dos processos.
É uma ambição calhorda. Se valesse para todo tipo de bandido, muitos juízes ameaçados por facções seriam impedidos e não poderiam tocar processos sobre essas facções.
Entrem com buscas no Google sobre bandidos que ameaçam juízes. Há casos em todo o Brasil. Sim, dirão que geralmente são traficantes e gente do crime organizado. Os bandidos da política não são bandidos?
É constrangedor ver jornalistas defendendo, quase com pedido de desculpa, que os bandidos do fascismo tenham o direito de escolher o juiz que deve julgá-los.
*Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre. É autor do livro de crônicas Todos querem ser Mujica (Editora Diadorim).
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